Wednesday, November 01, 2006

COMO SABER SE SEU AMPLIFICADOR É BOM! (CLASSES DE AMPLIFICAÇÃO).

CLASSES DE AMPLIFICAÇÃO
As classes de amplificação não são qualidades e sim técnicas de construção dos sistemas, o que permite que determinado tipo de amplificador seja mais adequado para uma determinada faixa de freqüências, como todos os equipamentos de audio, as principais são:

Classe A: Os dispositivos de amplificação do sinal (transistores ou válvulas) de saída conduzem corrente durante todo o ciclo do sinal. O rendimento é baixo (teoricamente 25%, tipicamente menos ainda), mas a qualidade é máxima, pois não existe transição entre dispositivos, sendo assim o sinal absolutamente ininterrupto. Pelo alto consumo e peso, esta classe é usada quase exclusivamente por audiófilos e em amplificadores de referência (estúdio), ou então em valvulados de baixa a média potência (até 30W) para guitarra, bem como alguns equipamentos residenciais de alta fidelidade.

Classe B: Os dispositivos de saída conduzem corrente durante exatamente meio ciclo de sinal cada um. Um dispositivo é responsável pelo semiciclo positivo, e o outro pelo negativo. Na passagem de um dispositivo para o outro, um deles deixa de conduzir corrente antes de o outro começar a fazê-lo, e aparece uma descontinuidade no sinal, chamada distorção de transição. Esta distorção afeta fortemente sinais de alta freqüência e baixa amplitude. Por esta razão, não se usam amplificadores classe B "pura". O rendimento teórico é de 64% aproximadamente.
Classe A/B: Para sanar o problema da distorção de transição, na classe AB cada dispositivo de saída conduz corrente durante um pouco mais do que meio ciclo, de modo que quando um dispositivo assume o sinal, o outro ainda está ativo e, portanto não existe a descontinuidade citada na classe B. A qualidade sonora se aproxima da classe A, mas o rendimento energético é bem maior, chegando na prática a 60%. São os tipos de amplificadores mais utilizados em sistemas de P.A. e em sistemas residenciais, possui uma relação de qualidade X peso X custo muito aceitável e integram certamente mais de 70% dos equipamentos de uso geral.
Classe D: Nesta classe, os dispositivos de saída não operam diretamente amplificando o sinal de áudio. O sinal de entrada é aplicado a um conversor PWM (modulador de largura de pulso), que produz uma onda retangular de alta freqüência (muito acima de 20kHz), perfeitamente quadrada quando não há sinal de áudio na entrada. Quando existe sinal, a parte positiva da onda retangular se torna tão mais larga quanto mais alta é a tensão do sinal de áudio, estreitando-se a parte negativa de modo que a freqüência da portadora (a onda retangular) se mantém constante, mas o valor médio da tensão se torna tão mais positivo quanto o sinal de entrada. No semiciclo negativo, naturalmente a parte negativa da portadora é que se alarga, tornando negativo seu valor médio. Na saída, fazendo-se a portadora modulada passar por um filtro sintonizado em sua freqüência, ela é removida, restando o sinal de áudio. Em um projeto bem feito, pode-se obter alta qualidade de áudio com um rendimento energético teórico de 100%. Como isso é possível? Os dispositivos de saída, operando com uma onda retangular de amplitude constante e máxima (de um extremo a outro da tensão da fonte), estão - o tempo todo - um deles com tensão zero e corrente máxima, e o outro com tensão máxima e corrente zero. Sendo a potência igual ao produto da tensão pela corrente, fica claro que a potência dissipada nos dispositivos de saída é sempre zero, portanto toda a energia da fonte de alimentação é transferida para o alto-falante. Na prática, os dispositivos de saída não chegam a trabalhar com ondas perfeitamente retangulares, nem chegam à tensão zero, o que causa um certo desperdício de potência; mas mesmo assim, o rendimento é sempre mais de 90%. Eu nunca vi nenhum desses amplificadores de potência.

Classe D em ponte - Classe K: É uma variante da classe D. Para eliminar o filtro passivo na saída do amplificador, que é volumoso, pesado e ainda reduz o fator de amortecimento, usam-se dois amplificadores classe D ligados em ponte. Com isso, a portadora é cancelada (pois ela existe nas duas seções em classe D com a mesma amplitude e fase), restando o sinal puro de áudio sem a necessidade do inconveniente filtro passivo. O amplificador classe D em ponte é chamado por alguns fabricantes de amplificador classe K.

Classe H: Nestes amplificadores, a tensão da fonte de alimentação varia conforme o sinal de entrada, de forma a só fornecer ao estágio de saída a tensão necessária a seu funcionamento. A tensão da fonte pode variar entre dois ou mais valores, acompanhando assim de forma aproximada o sinal de saída. Dessa maneira, a tensão sobre os dispositivos de saída se mantém, em média, muito menor do que em um amplificador classe AB. Reduz-se então a potência dissipada nestes dispositivos, consumindo então muito menos energia para a mesma potência de saída. O estágio de saída é, na realidade, uma classe AB cuja fonte varia "aos pulos" conforme a potência requerida. Em potências baixas, quando a fonte não chega a comutar, o amplificador classe H se comporta exatamente como se fosse uma classe AB de baixa potência. As vantagens do amplificador classe H são evidentes: menor consumo, menor tamanho e menor peso que o classe AB. A desvantagem é a qualidade inferior de áudio, principalmente nas freqüências mais altas, causadas pela comutação da fonte, que transparece para a saída em forma de distorção de transição. Quanto maior o número de comutações de tensão de fonte, maior é o rendimento energético e pior é a qualidade sonora. Os amplificadores classe H são os mais usados, em sistemas de sonorização, para a reprodução de subgraves e graves, onde se requerem as maiores potências e também onde os defeitos da classe H não afetam a qualidade sonora. É preciso deixar claro que os amplificadores classe H não são melhores para os graves - mas são, realmente, mais econômicos e atendem perfeitamente à necessidade."
VINTAGE: Diz-se vintage tudo o que provém de uma boa safra. E é assim que estão classificados os aparelhos de som de uma época de ouro. Por exemplo, a Marantz teve os seus melhores aparelhos nos anos 70, especialmente de 1977 a 1979. A Technics, antes de ser comprada pela Panasonic, teve uma boa safra de "vintages": eles estão à mostra no site http://web.archive.org/web/20060504230248/www.vintagetechnics.com/tapedecks.htm , no caso, aqui, os tape decks. Mas eles tem receivers famosos e principalmente decks de rolo. Visite, vai gostar!
ARTISTAS BRASILEIROS PRENSANDO EM VINIL - SÉRIES LIMITADAS
Há artistas gravando em vinil, em séries limitadas.Prensaram em tiragem limitada: Maria Rita (1º Álbum) que em vinil saiu duplo, pois continha as duas faixas interativas. Nando Reis, A Letra A, Ed Motta, e Rita Lee, no caso dela, o Rita ReLEEda, de remixes de 2000, saiu em álbum triplo promocional para mídia de informação e apenas DJ's. Hoje, 2010, a Polysom vai lançar os vinis de Pitty, Nação Zumbi, Cachorro Grande e Fernanda Takai.

A RMGI NORTH AMÉRICA CONTINUARÁ FABRICANDO FITAS PARA DECKS DE ROLO ABERTOS (REEL TO REEL AUDIO TAPES).

PARABÉNS!

A RMGI NORTH AMERICA ANALOG RECORDING TAPE referiu-se em carta aos consumidores quanto à decisão da Quantegy de descontinuar suas fitas magnéticas e disse que manterá sua fabricação de Master Tapes para Decks de Rolo profissionais de Studio e domésticos, para a alegria dos consumidores que SABEM o que é Gravação de Áudio. O site é o http://www.rmgi-usa.com/ onde você vê nos links os pdf's das características técnicas das porrudas magnéticas e esta carta está em http://www.rmgi-usa.com/news.html Parabéns senhores, que sabem o valor disto e que não se vendem para a ganância dos concorrentes digitais.

LEIAM A ÍNTEGRA DA CARTA DO DIRETOR DE VENDAS DA RMGI:

January 22, 2007
To: Valued Customers
From: Don Morris
Subject: Quantegy Discontinuation of Analog Tape
Dear Valued Customers,I’m sure as you know by now, Quantegy has announced that they will discontinue the manufacturing of Analog recording tape, including audio, video and instrumentation tape. As a supplier of Analog recording media, we regret to hear that they have made this decision, as it has always been our position that two companies are better than one in order to give customers a choice as to what media they will use. I am also sure that ATR Magnetics will soon have their new formulations available, to fill the position of that second choice.I feel that is appropriate at this time to respond to this announcement, by saying that RMGI in the Netherlands is committed to the continued manufacture of Analog Audio Tape. Over the past few months we have made great strides in reintroducing the former EMTEC formulations back into the professional recording market where it has been very well received. We also realized early in this process that the Analog tape market has become a boutique business, so we have structured our distribution model of the business as well as our manufacturing model to address the lower demand for analog tape.The strength of RMGI rests in the efficient operation they maintain in Holland that is geared to today’s analog tape market. Not only do they manufacture Analog Studio Recording Tape, but audio cassette tape which still enjoys a strong market demand in many other parts of the world. Additionally, RMGI has a very strong customer base in the loading and packaging of numerous consumer brands of Video Cassettes for the European market, where VHS still has a strong presence.Finally, we do not anticipate any of the rush to horde tape as we saw two years ago when Quantegy announced their closing. Today, RMGI tape is available and in stock. Also, this announcement by Quantegy gives customers’ time to make a decision as to their future needs.
Regards,
Don MorrisDirector of Sales
RMGI North America.


Respondendo em fori de conversas sobre áudio:
1. Há um texto onde se fala de avanços na qualidade de gravação digital, como o aumento da taxa de amostragem denominado "upsampling". Tem fundamento?

1. Fundamento tem. Só que o autor do texto não disse nada de novo e a matéria é preconceituosa, por chamar quem não gosta de som processado de "purista". Pesquisei gravação analógica e digital por um ano até lançar meu blog "vinilnaveia" e cheguei a um estudo profundo como não vi até hoje em nenhuma página brasileira. E hoje já datam 5 (cinco) anos deste estudo. É o seguinte: Aumentar a amostragem não resolve os problemas de não-fidelidade do CD, pois há estudos mostrando que há um limite para isso, o qual se passado, resulta em piora do som, pela distribuição aleatória de erros (erro de Dithering ou dither) e os erros de Quantização. E os ruídos adicionados à gravação decorrente da distribuição aleatória dos erros de quantização não são ruído branco. O problema do CD é não ter fidelidade de sinal elétrico sonoro; ter pureza de som não é necessariamente ter fidelidade de som ainda que exista fidelidade com ruídos agregados (Estalinhos) como existe num LP. Não adianta insistir nessa tecla de a pureza é tudo. O som do CD é uma amostragem imperfeita da senóide analógica devido às limitações que a informatização possui para replicar som. A amostragem teria que ter uma codificação mais precisa para reproduzir valores quebrados e não limitada ao sistema binário 0 e 1. Não existe 2,75 mv, por exemplo, em eletrônica digital na reconstituição da onda sonora, nem 3,07 mv ou 0,07 mv: Respectivamente esses valores seriam 3 mv; 3 mv e 0 mv (Nulo) e a onda de áudio tem que ser perfeita para poder replicar o som perfeito. Pureza o CD já atingiu, fidelidade, nunca atingirá, a menos que se descubra um outro processo de informatização que não tenha como base 0 e 1. Se pudéssemos dizer que uma gravação em vinil, por exemplo, fosse sampleada, ela teria um Sampleamento Infinito. Essa sacada foi de John Vestman, produtor de Elton John e de outros. É expressão cunhada por ele. A questão toda começa na eletrônica digital e vai para dentro da Física do Som: Cada nota que compõe uma onda perfeita de áudio é um sanduíche que tende a infinito de notas derivadas da 1º tom fundamental (Ex. Lá1 + Lá2+... etc.). A isso se chama Componentes de Fourier. São os harmônicos da nota. Estes harmônicos, perceptíveis até o décimo (Outros falam que é até o 6º e outros até mais), determinam a fidelidade de cada nota que um instrumento emite. E o seu "FORMANTE", que é a sua personalidade, já que não existem dois "LÁ's de violão, por exemplo, iguais. Aí é que reside o problema. Belo problema. Peço licença para postar parte de uma explicação minha tirada lá do meu saite: "Antes, vamos nos deter na explicação do que sejam os componentes de FOURIER e FORMANTES. Componentes de Fourier: toda nota musical ou mesmo simplesmente o som, é formada por uma senóide principal superposta por várias outras senóides, como se fossem camadas de um sanduíche. A estas senóides que se agrupam ao lado da principal, chamamos de componentes de Fourier. Elas tendem p'ro infinito, embora as mais audíveis sejam as seis primeiras (C1+C2+C3+C4+C5+C6). E qual é a importância disso para o áudio? É que a reprodução correta desses componentes ou harmônicos de Fourier são imprescindíveis para a fidelidade do áudio que você vai escutar. Os componentes ou harmônicos de Fourier são responsáveis pelo timbre que cada nota possui. E como uma música é formada por um conjunto de notas, obviamente que a reprodução inexata deles irá influir drasticamente no resultado final da música, na sua sonoridade. E os Formantes? O que são? Formante é o termo que se usa para descrever a personalidade de um instrumento musical acústico, como um piano, um violino ou um violão. Formante é a assinatura musical que cada instrumento possui, é o timbre de cada instrumento. E se os Componentes de Fourier são responsáveis pelo timbre de cada nota, também serão responsáveis pela percepção musical do Formante de cada instrumento musical acústico. A replicação ou reprodução deformada de cada componete de Fourier influirá então drasticamente na fidelidade do som gravado. Sobre Componentes de Fourier, consulte No site da Universidade Federal do Pará, http://www.ufpa.br/ccen/fisica/biofisica/capit3/capitulo3.html você pode conferir as informações acima dadas, além de um aprofundamento maior sobre a Física do Som. No ítem "Timbre" desse site, está o grifo "Teorema de Fourier - Por este teorema demonstra-se que qualquer tipo de onda é formado pela superposição de um grande número de ondas senoidais (Componentes de Fourier). Consulte também em http://www.cefetba.br/fisica/NFL/fge2/superposicao.html

2. O que é a destruição da senóide analógica?


Feita esta breve introdução, abordamos agora a questão da destruição da senóide analógica no CAD. Indo ao site do Prof. Iazzetta (Hoje não existe mais, porém tenho-o arquivado em documento do word), e lendo seu ultra-didático texto, podemos chegar às seguintes conclusões, por itens: 1. Quando ele diz no seu texto que "seu comportamento analógico (contínuo) tem que ser convertido numa série de valores discretos (descontínuos)". Se se tornou descontínuo o que era contínuo, destruiu, embora que para construir adiante (imitação). 2. Quando ele fala em "amostras (samples em inglês) instantâneas do som". Ora, a onda analógica no seu estado original está inteira - e não picadinha em amostras instantâneas. Então, ela foi destruída, eliminada na sua manifestação física original. 3. Onde ele diz "sequência de amostras da variação de voltagem do sinal original". Amostra de variação de voltagem não é a voltagem toda. 4. Aqui se mata a questão: "Cada amostra é arredondada para o número mais próximo da escala..." Ora, arredondado não é EXATO. Logo valores não exatos vão compor o "som digital". Veja a 1ª figura do texto postado: o valor da amostra analógica 2.5 foi arredondado para o valor quantizado 2, por sua vez representado por 1 e 0. (10). O Da amostra 0.6 foi quantizado como 0 (zero) e representado binariamente como 00 (zero-zero). Ora, isso é ou não é deturpar o original? Claro... Além de destruído fisicamente, ainda é deturpado. 5. Diz mais " Deve-se notar também que quando o áudio é processado, são realizadas operações matemáticas em cada uma das amostras (samples) digitalizadas. Como os números que representam essas amostras são finitos, a cada operação é introduzido um pequeno erro (de quantização). Quando o sinal passa por sucessivas tranformações ou por transformações que envolvem operações complexas, esses erros vão se acumulando e passam a ser audíveis na forma de ruído. Quanto maior a resolução de amostragem, menores (e menos audíveis) serão esses erros". Ora, se os erros existem, isso confirma mais uma forma de deturpação da onda original, pela imperfeição da captura das características da senóide original. 6. ERRO DE QUANTIZAÇÃO: " Ele diz: Quando é feita a amostragem do sinal, o valor medido é aproximado (quantizado) para o patamar mais próximo na escala de amplitude gerando pequenos desvios em relação ao valor do sinal original. Esses desvios, chamados erros de quantização modificam o sinal original introduzindo ruído nas frequências mais altas. Pode-se minimizar os erros de quantização com o aumento da resolução em bits. A quantização é um processo que gera valores finitos. Posto isso, é impossível a replicação exata da onda senoidal original analógica. Bem colocado isso, chagamos à seguinte conclusão: Os erros são minimizados, mas não eliminados. E estes erros modificam o sinal (Aliás, é outro sinal, semelhante, mas não igual). Pois é; se modificam, modificar é destruir o anteriormente posto. Destruiu e adulterou porque colocou no lugar algo que não havia. Ora, se não é possível representar valores além de um determinado limite, os harmônicos de Fourier seguintes da cadeia (Componentes de Fourier = C1+C2+C3+C4+C5+C6...Cn) simplesmente são deformados no momento da digitalização. Então a gravação digital destrói na medida que omite informação sonora. Adultera a obra artística chamada "música tal", de Fulano. 7. ERRO DE CLIPPING: Uma vez que a extensão dinâmica do áudio digital é determinada pelo número de bits utilizados, não é possível representar valores acima de um determinado limite. O valor mais alto que pode ser representado geralmente é expresso como sendo 0 dBFS (Zero decibel full scale ou escala cheia). Se a amplitude da onda ultrapassa esse valor, ocorre um corte (clipping) da crista da onda, mudando sua forma original e ocasionando uma distorção do som". E se não ultrapassa, "achata" o som, aquela amplitude é perdida e perdida fica aquela freqüência. Contudo, erros de clipping são erros grosseiros em um processo de masterização e são evitados. Isto é importante na medida que a gravação digital não aceita saturação controlada (Nem poderíamos chamar de distorção) como a gravação analógica aceita, pois é fato corriqueiro gravar-se analogicamente com picos de + 3dB a +6dB VU SPL, dependendo da música e obter bons resultados. E finalmente, o 8. ERRO DE DITHERING ou de DITHER, que é a adição de ruído aleatório ao sinal para distribuir os erros e minimizar os efeitos auditivos causados por eles (Op. Cit. Iazzetta). Dithering pode ser traduzido como "meio tom". Então erro de dither é o mesmo que erro de meio tom. Isso é grave, pois meio tom em música significa um bemol ou um sustenido, embora esses efeitos fiquem tão mesclados que não interferem na escala musical, mas interferem na sua tonalidade. Concluindo: acho que devemos ter consciência de que a música em conserva é tão ARTE quanto a tocada ao vivo e deve ficar expurgada dos processos eletrônico-digitais que alteram-na e a transformam num kitsch. (Kitsch, em sociologia, significa "arremêdo de obra, imitação da obra artística. Ex.: Os "quadros" de Monalisa que são vendidos por aí).

3. O que é sinal analógico real e sinal analógico processado?

"A grande diferença entre o som analógico e o som "digital" é que o primeiro é proveniente de um sinal analógico real e o segundo é proveniente de um sinal analógico processado, o que faz com que a gravação digital não tenha a fidelidade que a gravação analógica tem, em função da destruição da onda elétrica senoidal, parte do próprio processo de amostragem (Sampleamento, que é a colheita de uma amostragem a uma determinada taxa pré-fixada - Sample rate). E isso culmina em causas para essa inferioridade sonora: A impossibilidade de se levar a onda inteira para dentro do CD (A senóide analógica é um "sampling infinito") os erros de quantização e os erros de leitura, denominados erros de dithering. Dithering ou meio tom é a adição de ruído aleatório ao sinal para distribuir os erros e minimizar os efeitos auditivos causados por eles (Op. Cit. Iazzetta). Imperfeições no conversor DAC (Digital - analógico - conversor) e no quantizador também podem introduzir sons espúrios, especialmente este último. Segundo tese de pós-graduação em engenharia elétrica de autoria de Christian Gonçalves Herrera (UFMG), a natureza não-linear dos conversores na etapa digital-analógica, a realimentação e o fato do ruído proveniente da quantização não ser branco, introduzem sons espúrios na onda analógica reconstruída. Ele diz: "...Um aspecto que merece atenção refere-se à natureza não linear do conversor, à realimentação e ao fato de o ruído de quantização não ser branco como assumido. Tudo isso leva ao aparecimento de componentes periódicas (Limit cycle oscillations) na saída do conversor. Estas componentes podem se situar dentro da banda do sinal de entrada, principalmente em conversores de primeira ordem, o que é extremamente indesejável em aplicações de áudio e voz". Resumindo: O problema do processamento digital de um sinal de áudio (Digitalização de áudio analógico) ocorre por causa do sampleamento (Na leitura) e do erro de quantização (Na gravação), que irão afetar drasticamente a integridade do espectro sonoro, resultando na "metalização" do som, perda do emadeiramento e aveludamento sonoro, perda de freqüências altas importantes e deficiência de graves, principalmente aqueles abaixo de 80 hz e inclusive os que são agregados às freqüências médias".

4. O Vinil é produzido comercialmente?


Lá fora, Estados Unidos, Europa (principalmente Inglaterra), Japão, Rússia e Grécia, há cantores/Bandas que gravam simultaneamente em CD e Vinil, e até, paseme, em fita-cassette (Bandas de Heavy-Metal). Aqui no Brasil a PolysomBrasil que gravava para o pessoal do hip hop, funk, na época em que o dono era William Carvalho e Luciana, hoje, no comando de João Augusto da gravadora Deckdisc, reabriu em Janeiro de 2009 e sofreu uma profunda reforma nas suas instalações e prensas. Hoje já estão à disposição madres de Pitty, Fernanda Takai, Nação Zumbi e Cachorro Grande (Bandas) para distribuição comercial. Já há lojas como a Tracks e a Tropicália vendendo LP's importados e aguardando a distribuição dos primeiros da "fornada" da nova Polysom.  Pois bem, mas voltando ao insuperável e completo vinil enquanto produto final, você encontra, na ELUSIVEDISC, (A preferida do Ed. Motta, é sabido) obras - vinis - gravadas em DMM - Direct Metal Mastering, que é o mais recente (E revolucionário!) método de corte de vinis, onde o Master é cortado diretamente num disco de Cobre, chamado cobre Pirofosfato e isso melhorou imensamente a qualidade das altas freqüências, inclusive as daquelas faixas do final do vinil onde a rotação menor gerava o efeito "bridging", que as prejudicava. Inclusive, por diminuir o tamanho do sulco (Groove), restou aumentado o tempo total de gravação. É, lá fora, ninguém caiu na farsa do CD (Isso mesmo: Farsa. Que foi o que a indústria apresentou ao público) enquanto substituto definitivo de alta fidelidade para o vinil. E nem deixaram de apreciar um produto, que além de ser mais de que uma "mídia de áudio", é um produto de durabilidade INDETERMINADA, (Enquanto a durabilidade de um CD é imprvisível, pois o controle de qualidade robótico pode cometer falhas além do uso de um policarbonato mais barato na ausência do de melhor qualidade). Enfim, um povo mais esclarecido e acostumado com equipamentos de altíssima fidelidade, haja vista o preço das Moving-Coils (MC) e dos toca-discos de audiófilo que existem lá. E a movimentação financeira; o mercado que isso dá, como se pode aferir no site de compras da www.needledoctor.com , cuja sede é em Mineápolis, EUA. Eu, por exemplo, tenho um LP do Martinho da Vila, "zero km", prensado atualmente nos EUA. Comprei lacrado. Porque isso não foi divulgado aqui no Brasil - Que o Martinho prensava LP's lá fora? Claro, para "enterrar" ou manter morto a idéia do LP aqui no Brasil. Sérgio Mendes também mantém LP's para venda lá fora. Há outros brasileiros, como o Ivan Lins. Edições Clássicas como "The Dark Side Of The Moon", do Pink Floyd estão com edição comemorativa de seus 30 anos; adquiri um pelo site do LPNOW - www.lpnow.com - aliás, também comprei o famoso "Breakfast in América", do Supertramp, com encarte lindo e protegido por uma exclusiva capa plástica com fecho. Mariah Carey (LP duplo Raimbow), MC Cartney, Carlene Davis, Phill Collins etc. Posso dar aqui uma lista quase infinita de produções atuais em LP. Como você vê, o mercado analógico lá fora, tanto de LP's como de equipamentos, como toca-discos, pulsa ao lado do digital: Lá fora não existe essa cultura da substituição que existe aqui, onde a mídia comercial e industrial determina o que você deve gostar e comprar. Aqui no Brasil não existe (Está surgindo... 2008, 2009, 2010) uma cultura de audiofilia (LP's 200 grams audiophile, 180 gram audiophile, 160..), nem de mínima educação musical. Aqui se escuta "SOM", o que é muito diferente de música. Essa foi uma das razões pelas quais o Mercado Digital imperou aqui no 3º mundo - Brasil. Falta de informação, de Educação (consciência) e de dinheiro. Áudio digital é barato. A mais barata headshell (Porta cápsula) com uma simples cápsula GRADO BLUE custa mais que um DVD. Áudio bom é caro, não adianta querer "driblar" esse fator. Mas deixa p'ra lá, quem quer "pegar e sentir a música" exatamente como ela veio ao mundo escuta LP; quem quer escutar processadores e apertar botões, fique com seus CD's.
PS1: Outros vendem também LP's lacrados (Sealed Vinyl), como Juno Records, LPNOW, Music Stack Records, LP Corner, e muitos outros.
PS2: (Fitas: Elas se desenvolveram muito e a mídia magnética hoje é a preferida dos cientistas para armazenar dados confidenciais - uma fita de camada dupla de 8 terabytes de capacidade - um novo tipo de partícula magnética). Embora seja uma fita com uma estrutura feita para armazenar dados digitais, isso por si só já demonstra a evolução e credibilidade da fita magnética, cuja partícula, numa simples TDK hoje em dia, é tratada quimicamente e rende sonoramente muito aproximado das fitas dióxido de cromo e as de metal.


5. O aumento da amostragem tem limites?

O Maurício Timmi também defende a mesma coisa no seu artigo http://www.geocities.com/CapeCanaveral/9096/dvd_sacd.htm
Agora, acho que não é preciso muita coisa para explicar isso: quanto mais v. aumenta a amostragem (a/s) mais você aumenta a quantidade de erros resultantes da quantização e esses erros se traduzem em um ruído que não é branco (Não é ruído branco); esse ruído piora a qualidade do som. É o conhecido ERRO DE DITHERING. Esses erros serão distribuídos aleatoriamente na gravação e o aumento deles, com o aumento na amostragem, compromete a qualidade sonora. Há uma discussão atual se o melhor método é a modulação Sigma Delta em Áudio com 1 bit ou o antigo método PCM. E outra: o aumento na amostragem não anula o ERRO DE QUANTIZAÇÃO: O que não foi gravado não será trazido para a gravação por nenhum método. Não se tira de onde não existe mais.

6. Existe vinil totalmente analógico no mercado?


Sim, em Nashville, EUA, existem vários estúdios. Lá fora, o mercado de audiófilos que exigem a pureza analógica é grande e muito sério. Na Stock Fish records há um produzido assim. Moving coils chegam a 10 mil dólares. Toca-discos à vácuo chegam à casa de 68 mil dólares. Você acha que não teria cobrança? Contrapartida? A pureza realmente iria p'ro espaço. Aqui no Brasil, Mário Caldato fez questão de exibir seu belo Master Deck Reel-to-Reel de 2 polegadas de fita em plena capa da Veja Rio, para não deixar dúvida. Mas claro que ele grava também digital. O mercado pede, ora. Agora nós não teremos o benefício da dúvida pois ninguém vai saber exatamente como grava ou gravou este ou aquele produtor, pois quase eles nunca colocam essas informações no disco. Mas pressões há, pois o método totalmente digital ainda é o mais barato em relação ao totalmente analógico, mais complexo.


7. Quem está produzindo vinil lá fora?


Essa aqui só produz em vinyl: http://urpressing.com/
Leia o FAQ deles "WHY VINYL?" Aqui eles explicam porque só gravam em vinyl.
Os Mutantes estão com uma fábrica de vinil no Brasil?
http://www.rockpress.com.br/modules.php?name=Ne...ticle&sid=899
Confira esse site de um produtor alemão que usa o DIRECT METAL MASTERING no vinil (Ele é usado também no CD, só que na dye, e não no Copper Plate):
http://www.pauleracoustics.de/paulerac/pa_dmm_e.html
Ele faz analógico de ponta a ponta. Também faz digital. Agora, nenhum produtor hoje em dia pode se dar ao luxo de recusar mercado, claro. Tudo vai depender do bolso de quem está pagando a produção: Aí, o digital é sempre a opção mais barata. Tem um site de um produtor nos Estados Unidos que esclarece antes essa questão da gravação digital e da analógica pura.

8. Guitarra distorcida não encontra bom ambiente no CD?


Não podia deixar de falar da guitarra distorcida que não encontra bom ambiente no CD. Veja este texto de um site sério: "E quem mais sofre é a guitarra distorcida. Se você olhar em um gráfico em 3D pode-se ver grandes buracos aparecendo em certas regiões, principalmente nos médios onde a guitarra atua. Som distorcido de guitarra é algo muito complexo para um CD entender." O site é: http://www.rockpress.com.br/modules.php?name=Ne...ticle&sid=899
Bom, é fácil de entender porque isso ocorre: A gravação digital não permite valores de RMS acima de 0dB FS (Full Scale). E a distorção de uma guitarra ultrapassa facilmente esse valor na fase analógica da gravação. Aí fica difícil resolver o problema. Já li que achatam a dinâmica... O que não fica bom. É o mesmo caso da bateria. Solução: Grave em vinil que fica muito melhor, ou em fita. O som analógico aceita normalmente +3db em suas gravações. Isso é uma distorção aceitável, impraticável no mundo digital. É por isso que as bandas de Heavy Metal gravam tanto em vinil e fita cassette. E as bandas brasileiras de Rock já estão descobrindo isso e indo gravar lá fora.

9. Há sites aprofundados nesse tema lá fora?


Há sites em inglês que falam, falam; mas não demonstram nada! Nem se dão pelo menos ao trabalho de se reportarem a pesquisas ou trabalhos de outros cientistas. Não são textos científicos, enfim. A demonstração deve ser feita em premissas CIENTÍFICO-LÓGICAS. Em todos eles, eles ignoram os erros FATAIS da gravação digital que são os erros de clipping, DITHER e de QUANTIZAÇÃO. Certamente não sabem o que é isso. Também ignoram o que seja FÍSICA DO SOM. Aí não dá para se levar a sério. Sugestão: Entre no site do Prof. Iazzetta da USP (Disponho em Word; o site não abre mais). Ele ensina o básico completo da digitalização. E junte essa Teoria com a prática no site do John Vestman, "Secrets of Mixing".

10. O que é som analógico?


Som analógico é som análogo ao real. Isso não muda. Não é uma interpretação, como é o som analógico digitalizado. É uma transdução, uma materialização da onda sonora real no vinil, em registros físicos, não em códigos que dependem de software. Tanto que basta uma agulha e um cone de papel para você escutar o que tem dentro de um áudio-vinil. É o espelho do som real. Imagine-se diante de um espelho: Você não é a imagem, mas ela é quase perfeita!

11. É possível gravação digital acima de zero decibel FS (Full Scale)? Ela pode passar, pelo menos acidentalmente acima desse valor, como a gravação analógica despreocupadamente passa?


Seja como for, a gravação digital não aceita valores acima de 0 decibel FS, sob pena da gravação ficar "clipada", como é comum se dizer no meio. É o erro de clipping. Bateria e guitarra distorcida são um sério problema para o digital; o primeiro porque o sistema binário não tem perfeição suficiente para reproduzir bem o que já está distorcido e precisava de exatidão, o que o digital não tem; e o segundo, por causa dos "picos", dos transientes, pois ninguém tem condição de controlar a mão de um bateirista.

12. Você não está tendo uma visão apaixonada demais nesse assunto?

Aí é que está: A minha visão é apaixonada mesmo, o que não a isenta de ser científica e ética. Uma coisa não exclui a outra. É paixão sim, sou apaixonado pelo som analógico e pelo vinil. A vida verdadeira é cheia de ruídos. O ser humano é imperfeito mas é maravilhoso quando se propõe a ser. Suco de manga tem fiapo mas é mais gostoso de que suco de centrífuga (Para mim). O bom é o que te emociona, certo? Vinil e qualquer outro bom som analógico tem muito mais que detalhes técnicos. Tem detalhes românticos. Nada é melhor do gravar num deck vendo os VU's; nada é melhor o que enxergar a faixa de um disco e colocar a agulha nela. PS. Ah, fitas magnéticas de boa qualidade e conservadas corretamente não estragam e tem qualidade indefinida também. Eu tenho fitas cassette de 40 anos que tocam com excelente qualidade. Trata-se de aproveitar as características de saturação do meio magnético, criando distorção suave e controlada, "Esquentando" o som de forma semelhante a que conseguimos com equipamento valvulado. Você pode ver alguma coisa sobre as curvas de magnetização da fita magnética nesse artigo:
http://audiolist.org/forum/kb.php?mode=article&k=65


13. O limite de 0dB Full Scale no digital representa ou não representa problema na questão do clipping digital, a conhecida gravação clipada? Basta gravar com margem de segurança?


Os problemas são os picos e os transientes. Pico é pico. Existem basicamente dois tipos de distorção: A causada por má intervenção humana nos equipamentos e aquela que é a mais difícil de se controlar, resultante da dinâmica da mão humana em certos instrumentos, especialmente os acústicos, que dependem da força humana. Um baterista não consegue regular uma pancada aqui e ali numa música. Aí toma regular a distância do microfone, troca esse por aquele... Já li muito sobre isso em sites de produtores lá de fora, é um tal de comprimir para achatar... Faziam isso até quando nem se sonhava em gravação digital, eu que sou da velha guarda (1960), testemunha do nascimento e maturidade de Raul, Rita Lee, Caetano, Gil, percebo a diferença de uma gravação dos anos 70 e uma de hoje. Agora imaginem esse problema p’ro digital que CLIPPA se passar de 0 decibel FS. Aí, quanto maior o valor do pico, maior o achatamento da dinâmica que você tem que fazer para ficar tudo no limite.

14. Dizem que os técnicos de gravação avançam em +3dB ou até mesmo mais para fugir do ruído (Hiss). É só por isso?


Claro que não. É lógico que o hiss existe e o distanciamento dele é recomendável com a gravação alta, mas o que se busca primordialmente com o “Banho magnético na masterização digital” (Saturação magnética) é esquentar a gravação digital. É a saturação leve e controlada que dá o calor na gravação, o que o digital não tem. E ademais, na questão da exclusiva gravação em fitas como produto final, a relação sinal-ruído depois da criação do sistema Dolby e suas variantes, melhorou muito, e ficou excelente na maioria dos Decks de Rolo, razão pela qual eles continuam a ser apreciados até hoje. Estão inclusive automatizados, um bom exemplo disso é fazerem regulagem automática de azimuth.

15. Qual a sua opinião sobre o avanço digital nas produções multicanais?

Como sou adepto ao sinal original, acho que são produções sintéticas e maquiadas. Gravar bem com áudio original não é pra qualquer um. Hoje em dia quase tudo é Protools, mal mexido! Gravação alta para impressionar. Fugiu-se de aprofundar-se em pesquisas no áudio analógico, que é o real, original, para migrar para uma solução fácil que foi a de sintetizar tudo em informações, uma solução barata mas que desnatura a essência do áudio. Perde-se 25% em erros digitais, do áudio original para o digital. Bom p'ra quem não tem ouvido ou recusa-se a ouvir algo melhor, p'ra quem não tem caixas boas e nem exige qualidade e bom p’ro comércio que tem como alvo um consumidor leigo, para o qual apenas um som puro basta, mesmo que “capado” de muitas freqüências.

16. São apenas efeitos bons, agradáveis e desejáveis, a compressão e a saturação, no caso de gravação de bateria e guitarras?


Não é que sejam só efeitos bons: É que são reais! É o melhor que se consegue além do som ao vivo. Os produtores, engenheiros e músicos optam pela mídia magnética justamente pelos efeitos indiretos que ela traz.

17. Uma fita acaba rápido com o uso e o tempo?


Uma boa fita vai mais longe que um CD, certamente. Eu tenho umas bem antigas. O magnetismo não se acaba (Pode reduzir-se), pelo menos até hoje isso não foi constatado. O que existe são fitas mal conservadas, o que não é parâmetro para conclusões. Acho que meus CD's não chegarão onde elas estão chegando. Até porque inclusive certos tocadores de CD ruins tem o dom de arranhá-los sem sua intervenção e sem falar se suas mídias não se corromperão antes. Exemplo: Eu tenho CD gravável aqui que parou com menos de 1 (Um) ano e eu perdi a música. Agora tenho fita de 27 anos, dióxido de cromo, tocando perfeitamente. Certo? Nunca aconteceu de eu perder uma música que estivesse dentro de uma fita. A fita magnética é tão confiável que os cientistas estão aumentando a capacidade dela, no caso das destinadas a armazenagem de dados digitais para 8 terabytes. Já o CD é um produto super-complexo e de execução complexa também, que requer muito, mas MUITO controle de qualidade na fabricação e no uso, para durar e bem servir, assim como o equipamento que o toca. E este último tem um tempo de vida muito pequeno em relação aos tapes decks e toca-discos.

18. Na gravação de alguns álbuns da década de 70 e 80, alguns engenheiros se deparam com fitas que estavam coladas, soltando a camada magnética. As não seriam menos duráveis?

O problema foi causado por um lote com defeito de fabricação. E o CD “fungado" (Com dados corrompidos pelo surgimento de fungos) também faz perderem-se produções, pela prematura corrupção da camada refletiva.E o recém-descoberto fungo Geotrichum, que "come" o policarbonato do CD"? Confira no meu blog principal, o vinilnaveia, item 46.

19. Porque, na sua opinião, o sintético não tem mérito?


O sintético não tem mérito quando se propõe a substituir o real, aí se torna um KITSH (Termo usado em sociologia), desnaturou a obra do artista, roubou-lhe a essência, esfarinhou a estátua do Mestre Aleijadinho (Exemplo) e a recompôs novamente, é outra obra, não é mais a original, é música de software. arte é para ser deglutida, sorvida como ela é na realidade, com melhoras mas sem absolutamente mexer com a essência. Se estão prensando vinis oriundos de maquiagem digital, lamenta-se, mas mesmo assim o vinil ainda é muito melhor do que o CD porque o que nele está registrado no final do processo não se modificará nunca mais a cada vez que for tocado com é no CD. Será sempre a mesma música. Agora não se pode dizer o mesmo da música de processador... E a desculpa de que "não é perceptível pelo ouvido humano" soa corrupta, pois você pode não ouvir, mas sabe o que está acontecendo. E compactua. Parece até aquela coisa de traição: Olha, eu não vendo, não tem problema, agora se eu descobrir..."É uma questão de ética e coerência. Conclusão: A obra musical tem que ser original e indelével. O Vinil é a onda sonora materializada em suas mãos, ali, dentro do acetato, congelada no tempo e no espaço, imutável, perfeita, direto para ser extraída por outro sistema fiel que é a agulha e cápsula. Espelho do som real. Sinal especializado original registrado fisicamente em forma de um sulco. E não sintética e mutante a cada pulso do codificador. É uma questão de filosofia de vida.

20. Então como devia ser o som?


Quanto menos sintético for o som, melhor. Principalmente a sintetização dinâmica dos conversores DAC, sem falar nas instabilidades no momento da leitura (Interpolação). Aprecio muito música de orquestra sinfônica e tenho duas amigas soprano e fato curioso é que uma delas não reconheceu a própria voz numa gravação totalmente digital. Ela disse que a voz estava muito metálica. Mas quero lembrar uma coisa: sintetização não é o mesmo que maquiagem. Maquiar é alterar o que já existe. Sintetizar é criar algo novo, do zero, a partir de uma interpretação do original. É o que faz o digital. Esse é o ponto.

21. A equalização RIAA distorce o som?

A equalização RIAA não distorce o som. Apenas acomoda freqüências. Reduz a potência em RMS que o sulco pode gerar. Há um abaixamento (Modificação na capacidade do sulco produzir mais decibéis, por exemplo, de 500 hz para baixo, para que o sulco nas baixas bem graves - 40 hz e menos - Não fiquem muitos sinuosos ocupando muito espaço no LP e podendo queimar a cabeça de gravação da Lathe Cutter). E não distorce o sinal elétrico justamente porque não mexe na integridade matemática da onda - A referida senóide elétrica que graficamente representa o som. Ou seja, a equalização da RIAA não modifica as milivoltagens das tensões elétricas que a compõem - Elas permanecem íntegras e não são sintetizadas como no digital, quantizadas imperfeitamente). E equalização não é sinônomo de erro! E a perda é apenas uma redução da capacidade física do sulco em produzir um som mais alto - Isso é compensado no circuito na entrada de phono. A Equalização RIAA não satura o sinal de áudio. Equalizar é mexer com a quantidade de som (Com o volume de determinadas freqüências), apresentado em um conjunto só, para entendimento leigo. A curva de equalização foi um caminho achado pelos engenheiros de áudio para fazer com que coubessem mais músicas dentro de um LP, isto porque os movimentos laterais amplos da agulha de corte, ao reproduzir grandes graves, geravam sulcos muito largos no momento de corte do vinil fazendo que num LP coubesse poucas músicas e deram um incrmento nas freqüências mais altas. Aí resolveram rebaixar a partir de determinada freqüência a equalização reduzindo os graves e aumentando os agudos, já que estes produziam expansões laterais menores no estilete de corte, não prejudicando então o tempo de gravação. Resultado: Maior dinâmica e mais músicas gravadas. No momento da audição do LP, toda essa curva rebaixada é recuperada na entrada de phono, como já disse. RIAA vem do inglês "Recording Industry Association of América", ou Associação Americana das Indústrias de Gravação. Foi essa Associação que acabou impondo (Ou a dela foi escolhida democraticamente) a sua curva de equalização, posto que antes havia várias equalizações: A da Columbia, a da RCA, a da Victor, DECCA, EMI, Capitol, Mercury e muitas outras. Então para padronizar, já que discos equalizados diferentemente, tocando em aparelhos de som também com equalizações não correspondentes, geravam enorme prejuízo comercial e na audição, além de muita confusão, é que a comunidade industrial de gravadoras passou a utilizar uma curva padrão. Conclusão: A equalização não altera matematicamente a senóide de áudio e não sintetiza seus valores como faz o processamento digital, não mexe nas características intrínsecas de sua energia, portanto não distorce nada. Apenas altera desejavelmente a relação entre as freqüências. É como o ato de usar um equalizador doméstico: Você incorpora RMS nesta ou naquela freqüência. Não podemos confundir distorção com erro. A distorção é um comportamento inadequado de determinada freqüência. Erro é ausência de sinal original, substituído por semelhante. E há dois tipos de "distorção": A musical e a física (Física do Som). Mas nenhuma delas se compara ao erro digital que é o mais grave representante da distorção. É algo que se traduz em prejuízo à essência original do sinal original do som real. Distorcer musicalmente, que é o que importa, em resumo, é criar uma "aberração sonora". Alterar um sinal sem matematicamente mexer na sua composição proporcional é variar entre algo agradável ou não, a gosto. Desejável ou não. Emular um som, para esquentar, agrada, emular a partir de valvulados, tudo isso são incrementos de potência em RMS e não distorções do tipo "erro". Do microfone, passando pela relação de Capacitância x Resistência x Indutância dos condutores até o estilete de corte, podem haver alterações de volume, mas não de essência; perfeitamente desejadas e boas. Agora distorção por erro é outra coisa e distorção musical é prejudicar esteticamente algo (O som) e isso não ocorre nos bons trabalhos de gravação.

22. Será que a discussão sobre o CD e o Vinil chega a algum lugar?

Discutir a boa discussão é arte de dialetizar e o conhecimento só evolui por causa do conflito. Sem conflito, nada evolui. Ter pontos de vista diferentes e contrapô-los é enriquecedor. Sem isso, vira "clubinho" (E não queremos isso!) onde todo mundo concorda com todo mundo, tipo grupo de adolescente. Quem discorda sai do grupo, não era assim? Pois é, a gente ainda se lembra dessa época.

23. Existem atualmente mesas totalmente analógicas, quando sabe-se que existe processamento, equalização, compressão?


Sim, existem muitas pelo mundo! E detalhe: Não precisam necessariamente estar em linha comercial. Podem ser projetadas (DIY). Há compressores analógicos (O estúdio Alemão Pauler Acoustics da Alemanha utiliza também, para os clientes que quiserem) e há compressores digitais. Do mesmo modo, são os equalizadores: Analógicos ou  digitais. Se a mesa é totalmente analógica, não tem circuitos digitais. E quanto aos outros equipamentos de "processamento do som" como uns defendem, a palavra "processamento" é vulgarizada e necessariamente não significa que dentro dos equipamentos analógicos há circuitos tipo flip-flop, memórias flash, componentes exclusivos da eletrônica digital. Há que se saber se o equipamento de compressão tem circuitos digitais na etapa de áudio em seu interior ou não. O "Processamento" do som a que v. se referiu pode ser feito analogicamente, já que esta palavra "processamento" não é sinônima de eletrônica digital, está em sentido genérico, de "elaboração". Agora se o sinal de áudio em qualquer etapa passa por dentro de um processador, é lamentável e isso pode estar ocorrendo em falsas produções ditas analógicas. Há produções totalmente analógicas, como as feitas em Direct Metal Mastering na Pauler Acoustics, onde o músico toca aqui e o vinil é cortado já lá na outra ponta ou usando um máster analógico. Mas mesmo que um vinil fosse “corrompido” por uma etapa digital, ele ainda estaria em vantagem tendo um som melhor que o de um CD uma vez que não sofreria com as instabilidades do DAC na etapa da reprodução, já que seus registros são estáveis, produzindo sempre o mesmo som analógico e ainda a vantagem da cápsula ter um sinal mais amplo que o de uma leitora (Lembra-se do teste dos engenheiros da Stanton magnetics, 80.000 mil ciclos e nenhuma alteração nos sulcos vista em microscópio de varredura?). Isto sem falar da progressiva corrupção da reflective layer (Camada metálica fina refletiva do CD), invisível ao olho humano, até certo ponto. Como se sabe, pelo Red Book (Para as indústrias que ainda o adotam), o DAC só lê até 200 BLER (Block error), p’ra maioria dos prensadores de CD WORM, depois, é lixo. Bom, mas para mim, tudo que vem do Analógico é bom, mesmo as imperfeições (Desde que aceitáveis), pois elas são adereços do real, do original e tornam a coisa viva. Steven Spielberg não filma (Hoje, 2010, não sei) em Digital, diz ele que fica pasteurizado e sem alma. Veja que não estou só. Lógico: Ele diz que as imagens ficam sintéticas! Ele prefere a fita (Filme de rolo), a boa sensação do quadro-a-quadro. E futuramente os risquinhos e estalinhos do cinema. Tem até efeito em máquina de filmar digital que emula isso, você sabia? E porque será que se persegue isso? Porque será que o ser humano viaja, viaja na tecnologia e acaba sempre voltando às origens? Emoção, Alma, são os componetes do que é real é que dão essa alma às coisas, o lado bom e o ruim que se manifestam na obra viva.

24. As coisas não chegam na mídia analógica do jeito que foram captadas, você concorda?

Não, discordo. Chegam sim, e podem chegar com alterações admissíveis e até desejáveis ou não! Agora quem não chega é o sinal processado, destruído, clonado, sintetizado. Vinte e cinco por cento do que é captado e gravado em digital é perdido. Em mp3, a sitaução é pior: 90%! E o resto, é falsificado, pirateado, cópia malfeita do original. Tira ruído de fundo, mas tira música também. (Apesar de bons toca-discos e vinis atingirem -96 dB de relação sinal-ruído). Purista? Não. O sufixo “ista” é pejorativo, significa algo gratuito. Sou sim um amante da autenticidade, do que é autêntico, mesmo que com suas imperfeições (E daí? Somos perfeitos?). Sei que a mentalidade capitalista não vai por aí, mas eu tenho idealismo, que é o que falta no mundo hoje em dia e coragem para defendê-lo até o fim. Abaixo o som sintético inserido na mídia, e as interpolações ou sampleamentos ocultos (Interpolar é copiar o dado vizinho) do processador de conversão do digital para o analógico na hora de ouvir. Não gosto de som de processador.

25. Está correto dizer-se “som digital”? O termo é correto?

Não. Não existe som digital - Informação não produz som! Informação não vibra. Existe sim, "Som analógico oriundo de processamento digital" e som Analógico proveniente de transdução e amplificação em circuitos analógicos de variação contínua de sinal. Ou seja, para soar, há que ser sempre analógico. Vale dizer, só existe som analógico porque nosso ouvido é analógico e o nosso cérebro também o é. Aliás, tudo que é vivo no mundo é analógico.

26. Os defensores do som analógico não estariam sendo saudosistas?


Não sou saudosista, sou lúcido! Consciente. Não sou mercadoria da mídia comercial e nem do estabilishment. Nem da cultura de massa. Nem massa de manobra. Sou apenas coerente com o que penso. E sei que isso não é bem recebido pelo senso comum. Além do mais, o adjetivo "saudosista" é ranço de uma cultura que prega a obrigatoriedade de afeiçoar-se ao presente e ao o futuro, ligando este último com a palavra novidade, que é o carro-chefe da indústria. Eles fazem a palavra saudosista rimar com ultrapassado, fazem-na um sinônimo desta. Tudo p'ra vender. Veja: Uma furadeira manual tem tanto valor quanto uma elétrica, moderníssima. Depende da ocasião: Por exemplo, na floresta amazônica, a furadeira elétrica não vale nada. Nem nas grandes calamidades, como a de Oklahoma. O mérito da questão é o som sintético. É isso. Som sintético é uma coisa, som natural é outra. Não vamos mais brigar. Conhece aquela estória: Me engane, mas não me deixe saber? Pois é, o problema é que eu sei, e aí não dá p'ra continuar "casado" com mp3, wav. e coisas do gênero. É uma questão de filosofia. É divórcio na certa. Testo minhas verdades. P'ra mim, a dialética é fundamental e o ciclo "tese"+"antítese" = "síntese" está sempre recomeçando, num loop que não pára. Sou por excelência um provocador do estabelecido, sem ser cético. Lago quieto não é comigo, eu jogo pedra... Quero ver onda e mexer com paradigmas congelados. É como dizia Nélson Rodrigues: Quem não nasceu para incomodar, não devia ter nem nascido.

27. Qual é a maior diferença que se sente?


O som é metálico demais; não há graves agregados nos médios e o grave vai embora cedo demais. Já percebeu? Além da disposição do espectro freqüencial, que no vinil (Em equipamento sem equalização) se forma uma curva com as médias no fundo e no digital, um paralelogramo crescente, com os médios e agudos em ascensão. Fora o espectro sonoro magistral de 20 hz a 48 Khz de onda senoidal "sem cortes".

28. E porque os produtores musicais aderiram quase 100% ao digital?


Um rack analógico é caro e requer muito mais talento, habilidade e preparo. Além de técnicos hoje em dia raros, para eventuais reparos. No digital tudo é descartável. Troca-se uma placa e põe-se outra. Mas diga-me, sinceramente: Qual produtor musical profissional, num mercado predominantemente digital como o do Brasil, irá gravar em analógico? (Esse texto foi escrito em 2006, naquela realidade). Qual produtor musical vai pregar algo que, nessa nossa "África do Áudio", é tido como obsoleto? Quem vai querer ficar do lado do tido como obsoleto? Ninguém, é claro, a não ser aqueles que tem condições de bancar seu idealismo e aqueles que não "se vendem" por nada no mundo que vá de encontro com o que realmente acreditam.

29. Como foi constatada preferência pelo som do vinil nos freqüentadores de discoteca?

Testes cegos feitos no mundo inteiro com clientes de discoteca provaram que a preferência é pelo vinil. Não sou eu quem diz isso, são especialistas. Fernando Andrette da CAVI (Revista Clube do Áudio) que me confirme em seus escritos, Victor Mirol e recentemente no orkut houve o testemunho de um teste feito assim: vinil, CD e SACD num palco, tudo tapado de preto e o público no auditório. Os japoneses digitais saíram "de fininho".

30. Você já recebeu o testemunho de algum engenheiro sobre a existência de gravação totalmente analógica?


Vou transcrever um e-mail recebido de um produtor americano onde ele me responde passo a passo, aproveitando as minhas perguntas: “Hello Joaquim, (Minha pergunta) I'd like to know if exists someone recording analogical signal since beginning to the end of the process? (Resposta dele:) - I'm sure there are studios where you can record all analog. Do you need a studio in your area? I have some clients from Rio who might know. Other than that, studios in Nashville might be a good area for analog. - I know exactly what you mean! Thank you for having excellent ears!!! Best wishes, John Vestman.

31. Há os que defendem a portabilidade do digital contra o peso do material analógico. Como você vê isso?

Sem problemas. Há que entenda que o melhor no apreciar da música é o peso do equipamento de som que carrega ou sua portabilidade. Fico com a qualidade do som, não importando se o peso é de 100 kilos. Música é para se priorizar o ouvir, e não para se priorizar o carregar. Som em primeiro. Praticidade? Se couber, talvez em um segundo lugar. O sol nasce para todos, ouvido, para alguns. Quem sabe, evita o "Kitsch" e o vinil é como piano de cauda: É para ser escutado em casa. Ou no teatro. Nunca com barulho à volta, como as memórias portáteis com fone de ouvido. E não há como substituir. "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa... Cada uma no seu lugar. Uma coisa é um toca-discos Clearaudio Soluction. Outra coisa é tocador de mp3. O vinil é quase um instrumento acústico, uma palheta rotativa. A cápsula fonocaptora é o instrumento. É uma das invenções mais geniais da humanidade: A relação simplicidade X eficiência X durabilidade é fantástica.Um vinil, seu material, o PVC só se acaba depois de 500 anos.

32. Mas isto não seria o progresso, como dizem, o digitalismo?

Progresso? Progredir bem ou mal? "Progresso" posto como está aí, meu caro, é aquilo que a indústria quer que você acredite que o seja como tal. Nem tudo que é progresso progride a humanidade. Tecnologia é uma coisa. Mercadologia é outra. Ser mercadoria do comércio da tecnologia (Ou mercadoria da mídia) também é outra coisa. E a consciência de nossa condição diante do mundo, diante dessa mídia, também é outra. A cultura da prevalência do pragmatismo (utilitarismo) como referência principal do homem e como ideal de felicidade a ser buscada é o resultado do vazio ideológico e espiritual de uma sociedade mercantilmente colonizada, que cultua o descartável. A tecnologia é para ser usada e não para usar o ser humano. Falei tudo isso para te dizer que agora o carro-chefe da indústria, nesse setor, é que as coisas sejam pequenas e práticas. O resto não interessa. Quem cultuar o "resto" será obsoleto. O iPod é prático, mas não é durável e nem resistente. E nem tem qualidade de som. A indústria da durabilidade acabou. E a da qualidade também. O mundo está esquentando com tanta produção de lixo e as pessoas continuam comprando coisas que sabem que são descartáveis. Quanto dura um toca-discos? Um rádio portátil analógico? Um iPod? Um Pen drive? Um HD? A razão humanitária hoje pede para irmos em direção ao que é durável. É questão de salvação.

33. Defendem os adeptos dos equipamentos de áudio digital que tem muito mais gente ouvindo música com melhor qualidade do que há 20 anos atrás. É verdade?


Só se for no Brasil. Lá fora sempre se ouviu. E a lagoa não é o oceano. Você conhece a fábula do sapo? Onde o sapo, ao conversar com o peixe, desconhecendo a existência do oceano, perguntava ao peixe o quanto o oceano era maior do que a lagoa... Pois é, você nunca vai poder fazer comparações se não tem referência; lá fora sempre se apreciou excelente som analógico, seja de fita magnética, de vinil, etc. Lembra que no Brasil era proibitivo importar? Pois é, o Brasil ainda continua sendo isso, a África do áudio, que me perdoem os africanos. Agora é tudo "jogada" de mercado, porque misturaram digital com áudio e p’ro digital o imposto é quase zero, aí entram as leitoras, integrados e se produz e vende-se áudio digital com impostos quase "zero" em relação a tudo que é totalmente analógico. O cartel é digital.

34. Não dá pra escutar um vinil no carro. O CD não teria sido uma evolução?

Foi para a portabilidade, não para a durabilidade. Não sou contra o CD. Só não admito que a indústria fique fazendo propaganda de comparação na TV, propaganda depreciativa de tudo que é analógico para enaltecer o CD e os equipamentos digitais, inclusive as máquinas digitais. Entendo que audição seja coisa fina, que deve-se escutar música sem interferência de outros sons espúrios e num local acusticamente corrigido. Como é que eu vou escutar bem em um carro, com sua péssima acústica e som sujo vindo da rua misturando-se à música? Claro que não vou escutar nada de bom. Agora se é p’ra cantarolar simplesmente, tudo bem. Mesmo que você me diga que se pode escutar num estacionamento enquanto se espera a esposa, por exemplo, você estará escutando som ruim. Agora p'ra lembrar da música, p’ra cantarolar, tudo bem, não sou radical. Música é arte, e arte, só no original, com o mínimo de intervenção, com equipamento de verdade e boa acústica; coisa que memória nenhuma do tipo iPod vai me proporcionar.

35. Dizem que basta aumentar a taxa de amostragem e está tudo certo. É verdade?


Sobre o aumento da taxa de amostragem, há dois problemas: Onde você vai colocar tanto erro de dither e aquela máxima: "Não se tira de onde não tem" A cada "quantizada", aparece um "cavaco" p'ra cima e um outro p'ra baixo, a onda é sempre um serrote (Efeito pente), os pontos nunca se juntam, você nunca tem uma reta de um ponto ao outro. Cavaco é buraco, é perda, é erro e não é ruído branco (Herrera). Ou seja, de cada quantização, sobra um erro que tem que ser distribuído aleatoriamente (Erro de Dithering). Aí tome erro. Maurício Timmi, em seu saite, já diz que não se pode aumentar a amostragem impunemente. O Professor Iazzeta da USP, é quem dá os princípios básicos no seu saite http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/tutor - (Disponho em word. O site não existe mais. Foi posto esse link em 2006, estamos em 2010).

36. Qual é a implicação dos harmônicos com a questão digital?


Os harmônicos necessitam de exatidão física na sua representação. A nota Lá, por exemplo, é formada de um tom que é o natural (Lá) mais seus harmônicos, então a Cadeia de Fourier fica: Lá1+Lá2+Lá3+Lá4+Lá5+Lá6+Lá7+Lá8+Lá9+Lá10... Lá(n)...infinito. A mesma coisa vale para Lá menor: (Em inglês) Am1+Am2+Am3+Am4+Am5+Am6+Am7+Am8+Am9+am10... Am (n); o mesmo para Si bemol com quinta justa, etc. Sem a representação exata dos milivolts que compõe cada nota de cada parte da senóide do imenso sanduíche de senóide que formam uma nota só, ficam prejudicados os harmônicos de Fourier. Lógico que isso prejudicará o Formante individual de cada instrumento. O Formante é a personalidade de cada instrumento. Um Stradivárius soa diferente de um outro violino. Um violão Do Souto soa diferente de outro Do Souto. Já tentaram digitalizar o som de um Stradivárius e não conseguiram. Infelizmente, não tenho este saite, a informação é do site Audiodicas, um site exclusivamente de audiófilos chefiado por Holbein Menezes, o Mago do Som, meu amigo. Ele adora som analógico digitalizado, mas colocou isto lá no site dele. Fêz justiça. Num daqueles jornais de um artigo só. Mas o outro lado da questão é o ouvido: Há quem perceba a diferença no som; há quem não perceba, ué? No cérebro existe uma área dedicada ao som, você tem que ensinar essa área a ouvir. E você já ouviu falar de amusia? Gente que tem dificuldade de distinguir sons? Um amigo, o Pedro Ferreira, que tem um Estudo chamado a Politização Estética do Discurso dos DJ's em PDF, na net, veio aqui na minha casa e ouviu a diferença de som entre um CD e um Vinil tocando a mesma música. O foco foram os graves. Ele não queria air borne influenciando o cantilever, então eu o mandei colar o ouvido no woofer 15 polegadas e ele acabou se rendendo. Porque? Você acha que a masterização do digital capou os graves? Acho que não, e, aliás, a questão não era intensidade, mas o seu encorpamento, calor. Mas esse ponto vai sempre ficar prejudicado porque é complexo. Antes que eu me esqueça de lembrar isso a bem do que estávamos falando: Se se pudesse usar uma figura de linguagem, diríamos: O analógico é um "sampleamento infinito", uma reta infinita de valores em forma de curvas, as ondas. O digital nunca vai poder sê-lo (Infinito), em função da inexatidão da quantização, pela limitação do 0 e 1 (Não há valor quebrado). Uma senóide só tem valores quebrados... Se a quantização fosse exata, som analógico seria igual a som analógico digitalizado. Aí o vinil, as fitas magnéticas com gravações analógicas seriam amados por outras razões, não pela parte técnica. Mas não: devido ao espectro sonoro ser de uma amplitude infinita ou que tende ao infinito, o processamento digital que existe hoje nunca vai emitir um som que se compare a um som analógico, principalmente se estivermos falando do som de um toca-discos de 300 kilos com suspensão à vácuo como os que tem por aí, com braços que são um verdadeira honra para a Física. 250 mil dólares. A perfeição materializada em som. PS. *Infinitive sampling* é uma frase cunhada por John Vestman, um engenheiro de áudio produtor musical Americano.     37. O toca CD vibra? Uma outra coisa que só vi até hoje o Holbein falar é o problema da vibração produzida pela alta velocidade dos CD's. Isso dá muita alteração no som digital e ninguém comenta. E o pior é que os toca-cd's são leves, e isso é péssimo. Aí tome colocar placa de mármore em cima... É frase preferida dele: If it moves, it vibrates...   38. Qual é a implicação dos formantes na questão digital? Dizem que formantes são ressonâncias naturais e não costumam ter frequências muito altas, como os ultrassons. Logo, as alterações de timbre causadas pela resposta incorreta a partir de algumas dezenas de khz não afetam os formantes. O que acha? Claro que afeta. Formante é a assinatura de cada instrumento. É a combinação de sons das cordas (Por exemplo) com a ressonância da caixa de madeira do instrumento levando em conta a individualidade de cada material, mesmo se da mesma espécie. Dois violões Di Giorgio afinados no padrão não soam iguais. Assim como dois Do Souto também não. Tanto na digitalização (Onde há muita perda) como na hora da reprodução, nos sampleamentos para compensar erros de leitura no DAC, há uma tendência em igualar tudo, pasteurizar o som, sintetizar, daí o prejuízo da distinção de instrumentos. A digitalização só vai afetar essa identidade sonora peculiar de cada instrumento. Acordes soam sim, suas fundamentais com seus harmônicos em coletivo e não há nenhum problema. Som é som, múltiplo ou não (Vários instrumentos tocando ao mesmo tempo), ele manifesta-se fisicamente de acordo com a Teoria de Fourier. O que se leva em conta são notas soando em coletivo e não se são bemóis, sustenidos, quintas justas ou aumentadas. Assim como todo o conjunto de notas soando *harmonizadas (*Aqui é teoria musical) em uma música com seus bilhões de harmônicos. Os harmônicos tendem p'ro infinito.   39. Você encontra hoje LP’s totalmente analógicos? Sim, os de corte direto (DMM), os direct-cut artesanais e os tradicionais, em determinados estúdios nos EUA (Especialmente em Nashville). Os de corte direto - DMM podem ser feitos sem passar pelo rolo ou etapa digital. Mas não precisam serem LP's de hoje: Os LP's 1968, 70 eram gravados pelo sistema Living Stereo. John Vestman diz que há estúdios gravando "Todo analógico". Frase dele: "As he said "I'm sure that are studios that record all analog" (Nashville).   40. Como explica a questão da autenticidade da música em conserva? Música em conserva é como estátua de arte: "Esfarinhou", já era. Perdeu a originalidade. É o princípio da não intervenção na arte. Ou seja, se a estátua vai para num triturador (CAD - Conversor Analógico-Digital), não adianta refazer adiante, é uma outra coisa. É kitsch.   41. Há físicos defendendo a superioridade do vinil? É sempre muito gratificante descobrir que um Físico pensa exatamente como eu e outros defensores da superioridade do vinil, falando exatamente com as mesmas minhas palavras, que o ouvido humano não ouve, mas o corpo sente... (O som do vinil, sua qualidade). Transcrevo a íntegra do texto do físico Hilton Barbosa de Aguiar “Os CD’s foram criados para caber mais música em menor espaço e ser muito mais resistente. Enquanto no vinil a informação está exposta ao ambiente, no cd ela está "enterrada" em uma camada de um polímero protetor. A própria agulha da vitrola desgasta o vinil. A informação contida no vinil é a mais fiel do que a do cd, mas esse "extra" que o vinil tem não é perceptível para a maioria dos ouvidos humanos. No disco os graves são conservados intactos, enquanto no cd "certos graves" sequer existem. Eles não são perceptíveis ao ouvido, mas são percebidos pelo corpo. Por isso dizemos que o vinil "mexe" com a gente, e não com os ouvidos. Particularmente, se eu quiser ouvir um estilo com mais grave, como jazz, reggae etc., eu ouviria no vinil. Mas é claro que tem que estar bem conservado, se não estaria ouvindo informação distorcida, o que é muito pior. Fonte: http://overmundo.com.br/overblog/entre-vinis-e-radiolas   42. Mas não dizem que o CD comporta qualquer grave que se queira colocar nele? O problema não é quanto grave ele comporta, o problema é que além de o CD conter gravado uma semelhança de sinal, esses graves são impuros, cheios de perdas. Comportar, pode até comportar, mas porque é que o grave do CD soa sem profundidade e duração? Ou só são meus ouvidos e o de muitos? Porque é que o pessoal do Hip-Hop prefere prensar em vinil? Porque é que grave de Reggae só é bom de se ouvir em vinil? O vinil permite gravações mais altas de graves, com qualidade, sem perdas. Principalmente se você reduzir o programa musical para 15 minutos. E com o advento das novas máquinas de corte que tem 650 watts por canal em detrimento das do início da era do vinil que só tinham 70 watts (Per channel), isso melhorou muito mesmo. O Engenheiro alemão de áudio Gunter Pauler respondeu-me, por e-mail, ao expor a minha forma de entendimento sobre o seja equalização RIAA: “Hi Joaquim, there are two reasons to incorporate the RIAA EQ. The early disc-cutting amplifiers has not enough power (70 W) to cut high amplitudes. Today we have 650 W per channel. But more important is, with no RIAA EQ - the bass amplitudes needs so much space, that the playtime per LP-side is very short. On modern music this could be around 15 minutes per side or less. Best regards”. Acho que a relação equalização-amplitude, na minha explicação, fica bem demonstrada, com essa resposta. E, Confirmando tudo o que eu disse, de forma simples no meu blog vinilnaveia, eis as explicações definitivas do seja a equalização RIAA (A tradução está em outro blog meu): What is RIAA Equalization in a Phono section? http://stereos.about.com/od/gtgtturntables/a/riaa_eq.htm RIAA equalization is a specification for the correct playback of vinyl records, established by the Recording Industry Association of America. The purpose of the equalization is to permit greater playback times, and improve sound quality. RIAA equalization is what takes place at the phono input of most stereo amplifiers. Since many modern amplifiers lack the phono input, many manufacturers make a special preamplifier which will adapt a magnetic cartridge to a standard input, and implement the RIAA equalization curve separately from the main amplifier. The RIAA equalization curve has operated as a global industry standard for the recording and playback of vinyl records since 1954. At points in the history of vinyl playback, there have been over 100 combinations of equalization in use, the main ones being AES, and FFRR. If you were to play a pre-WWII record through a modern preamp, you would be effectively playing it with a low-pass filter, killing frequencies above 2200Hz, giving a distinct lack of high frequencies and muffled voices. How Does It Work? According to Wikipedia, RIAA equalization is a form of preemphasis (in the recording of the piece), and deemphasis on playback. A record is cut with the low frequencies reduced and the high frequencies boosted, and on playback the opposite occurs. The result is flat frequency response, but with noise such as hiss and clicks arising from the surface of the record itself reduced (or "attenuated"). The other benefit of this process is that the record's grooves are smaller and thus, more can be fitted in a given surface area, yielding longer playback times. The drawback of this system is that annoying distortion from the playback turntable's drive mechanism is amplified. Thanks to Wikipedia(http://en.wikipedia.org/wiki/RIAA_equalization), and Rane for some of the more arcane portions of the function and history of The RIAA equalization curve for playback of vinyl records. From Wikipedia, the free encyclopedia http://en.wikipedia.org/wiki/RIAA_equalization RIAA equalization is a specification for the correct playback of vinyl records, established by the Recording Industry Association of America (RIAA). The purpose of the equalization is to permit greater playback times, improve sound quality, and to limit the physical extremes that would otherwise arise from recording analogue records without such equalization. The RIAA equalization curve has operated as a de facto global industry standard for the recording and playback of vinyl records since 1954. Prior to that time - mainly between 1940 and 1954 - each record company applied its own equalization; there were over 100 combinations of turnover and rolloff frequencies in use, the main ones being AES, LP, NAB and FFRR. Before 1940, most records were cut flat, with a low-pass turnover of 6 dB/octave below 300 Hz to 800 Hz. This included broadcast recordings (transcriptions) and motion picture recordings before sound-on-film. If you play a pre-WWII 78rpm record through a modern preamp, you will effectively be playing it with a scratch filter whose cutoff begins at 2200 Hz, giving lack of high frequencies and muffled voices. RIAA equalization is a form of preemphasis on recording, and deemphasis on playback. A record is cut with the low frequencies reduced and the high frequencies boosted, and on playback the opposite occurs. The result is a flat frequency response, but with noise such as hiss and clicks arising from the surface of the medium itself much attenuated. The other main benefit of the system is that low frequencies, which would otherwise cause the cutter to make large excursions when cutting a groove, are much reduced, so grooves are smaller and more can be fitted in a given surface area, yielding longer playback times. This also has the benefit of eliminating physical stresses on the playback stylus which might otherwise be hard to cope with, or cause unpleasant distortion. A drawback of the system is that rumble from the playback turntable's drive mechanism is greatly amplified, which means that players have to be carefully designed to avoid this. RIAA equalization is not a simple low-pass filter. It carefully defines transition points in three places - 75 µs, 318 µs and 3180 µs, which correspond to 2122 Hz, 500 Hz and 50 Hz. Implementing this characteristic is not especially difficult, but more involved than a simple linear amplifier. The phono input of most hi-fi amplifiers have this characteristic built-in, though it is omitted in many modern designs due to the gradual obsolescence of vinyl records. A solution in this case is to buy a special preamplifier which will adapt a magnetic cartridge to a standard line-level input, and implement the RIAA equalization curve separately. Some modern turntables feature built-in preamplification to the RIAA standard. Special preamps are also available for the various equalization curves used on pre-1954 records. Digital audio editors often feature the ability to equalize audio samples using standard and custom equalization curves, removing the need for a dedicated hardware preamplifier when capturing audio with a computer. However, this can add an extra step in processing a sample, and may amplify audio quality issues of the sound card being used to capture the signal”. Ou seja, em síntese: Onde se diz: "A record is cut with the low frequencies reduced and the high frequencies boosted, and on playback the opposite occurs." Traduzindo: Uma gravação é cortada (É feita) com as baixas freqüências reduzidas e com as altas freqüências potencializadas (Aumentadas), e na reprodução, o oposto ocorre. Onde se diz: "And to permit a greater playback times". - Para um programa musical maior. Ou seja, aumentar o tempo de música no LP. Ou seja, equalização RIAA é apenas reduzir graves no momento do corte para recuperá-los depois no pre-amplificador, fazendo com isso, que o tempo de música aumente no LP e previna eventual queima da cabeça de corte e permita um ótima relação sinal-ruído. 43. A quantização gera perda de sinal? A quantização gera perda de sinal sim. Gera porque é uma simulação imperfeita de uma quantidade física determinada previamente e é matematicamente provada, como já falei anteriormente. Certo amigo meu, engenheiro, também falou o que eu também já cansei de escrever: Que o sinal digital gerado é um "clone" imperfeito do sinal original e que não adianta aumentar a amostragem que aí você não sabe onde vai colocar tanto erro. E erro tem conseqüência física. O dia em que o digital tiver 0, 1 e até 1/1000, aí chega perto. Mas não ficará igual ao sampleamento infinito do sinal analógico. E a eletrônica analógica não ficou parada no tempo, é bom lembrar... Ela era e é, ainda, pois sempre continuará a ser a base de toda a eletrônica, mesmo nos circuitos onde há etapas digitais, uma vez que não se pode dispensar circuitos de variação contínua de sinal. 44. E a questão da relação sinal-ruído dos vinis e dos CD’s? A relação sinal ruído de um LP é de -96 dB acima de 500 hz e -50 dB SPL abaixo disso (Christine Tham). Embora toca-discos anuciem relações sinal ruído inferiores, as cápsulas de hoje e os vinis de hoje atingem esses números. A dos CD's é de -88 dB segundo o teste da mesma autora, atingindo -102 dB "in the floor of the noise card". 45. A razão dos vinis terem mais graves passa pelo toca-discos? Sim. Eu, conversando hoje à noite com um engenheiro especialista em áudio, ele disse-me que a questão não é nem tanto no vinil, mas na cápsula do toca-discos, que gera tensões bem mais elevadas do que o conversor digital, uma vez que ela gera uma resposta não-linear (Lei de Faraday-Neumann-Lenz), enquanto que o conversor digital gera uma resposta linear. E que a cápsula, por ser analógica, tem mais capacidade de gerar tensões mais elevadas exatamente nos graves, nas maiores amplitudes do sinal. Ele falou de reatância indutiva em relação à amplitude. Mas é também a originalidade do sinal de áudio analógico aliada à sua cadeia perfeita de harmônicos exatamente representados, que se encarrega de fazer a diferença. 46. Mas isso fica longe, bem longe de ser considerado alta fidelidade, ou de querer dizer que o vinil é mais puro, mais fiel, muito pelo contrário, certo? Agora eu pergunto para o amigo: O que é mais fiel: 1. Um sinal íntegro na sua origem, mesmo carregando junto a si minúsculos sons (Eventuais cliques) ou - 2. Um sinal imperfeitamente copiado, um clone do original? Quem é mais fiel: O primeiro ou o segundo? (Não estou perguntando quem é o 100% fiel, ou o absolutamente fiel). Quem é mais fiel; a cópia ou o original? Se você gosta do som replicado, sintetizado, esterelizado, puro, nada contra. Eu gosto do som replicado natural, original, mesmo que sem o "silêncio lunar" do CD. Eu gosto de tomate, você de extrato de tomate. Eu gosto de bobinas, você de códigos binários. Gosto de eletricidade constante, e você de eletricidade intermitente. Tenho por princípio, a intangibilidade da arte. Na minha postura, a arte não deve sofrer intervenção, mesmo que a título de melhorá-la. Eu vivo num universo onde o que vale é o original, intocável na sua essência. Não admito mexer-se na essência do sinal e você o admite, mesmo que a título de fazer o resultado parecer mais com o original. Para você o que conta é o "parece"; e para mim, o que conta é a essência. Quando você digitaliza, você descarta o sinal original e o troca por informações. Aí é que está a nossa diferença: Eu não admito descartar o sinal senoidal original; é simples! Mesmo que esse sinal me acrescente cliques no resultado final, que por sinal, são gostosos de ouvir. Mas quer que eu seja sincero: Isto é um nada perto da essência pura de um sinal analógico contínuo e rico. 47. Para mim, um som colorido ou uma replicação alterada do som seria indesejável. Interferiria em minha masterização. Você não acha que isso prejudica o produtor?  Não concordo com a teoria da "coloração". O que os engenheiros de áudio fazem é corrigir excessos e abafamentos no som ao vivo, mesmo em estúdio. Há engenheiros mais "naturalistas", digamos, e outros mais "criativos", que fazem realces na execução musical. Agora replicação 100% alterada é o que o você tem no digital, ora! E isso sem contar que o conversor digital analógico faz leituras diferentes a cada sessão de reprodução, pois sua finalidade é "tapar buracos" dos erros de leitura. Inventa som! Ou seja, mesmo que não perceba, você tem uma música diferente a cada sessão de audição. É música de processador! Numa cápsula magnética isso nunca ocorre. Perdas ôhmicas, sim, mas isso ocorre em qualquer circuito. Som de vinil é música de transdutor. Conclusão: Esse prejuízo ao produtor de que você fala é um equívoco, pois mesmo que hovesse as "tais" colorações, sendo-as boas, agradando ao dono da música, tudo bem. Agora que não se deve “pulverizar a estátua de Aleijadinho” (Silogismo que criei para explicar o dano que a conversão faz), mesmo que seja para construir uma outra estátua, sem as rachaduras do tempo, não concordo! Não se mexe na essência da arte: A arte é intangível uma vez apresentada! 48. Se a cápsula magnética do toca-discos tem não-linearidades a respeito da tensão voltaica, os harmônicos não são representados com exatidão, não é? Podem até serem especialmente agradáveis, mas não serão exatos. O que acha? O aumento na tensão é por igual e o que afeta a integridade harmônica de uma nota é a imprecisão matemática na etapa da conversão do sinal original para a digitalização do mesmo. Na saída de uma cápsula, aumenta-se o volume relativo e proporcional do global do som (Sinal captado do vinil) e com isso não estão sendo mexidas as características da senóide elétrica sonora analógica. É como se a cápsula "carregasse" apenas nos graves ou em determinados transientes. Aumenta certos níveis de watts RMS em certas freqüências, mas não a sua integridade matemática. Não-linear significa que o comportamento do sinal, não uniforme em certos intervalos do espectro, teoricamente; é como se a cápsula "equalizasse" o sinal puxando mais na região grave e nos altos agudos. Mas isso depende da cápsula, é um bônus a favor do vinil: Cada cápsula é ligeiramente tonalmente diferente das demais. E pode carregar em intervalos do espectro, o que inclusive é normalíssimo nos alto-falantes. Não existe um padrão de espectro! 49. Mas o fato de um dispositivo ser linear ou não-linear não determina se a tensão de saída é mais alta ou baixa! Certo? Quando você diz que a tensão de saída máxima de um conversor digital é centenas de vezes mais alta do que a de uma cápsula magnética, eu te peguei: Você confundiu, por não ser técnico em eletrônica, com o sinal do diodo fotovoltaico da leitora com a saída em milivolts do CD player! São valores infinitamente diferentes! Eu comparo a saída da cápsula com a saída do diodo, entendeu? E não com a saída após a passagem por um circuito de amplificação.  50. Mas se a cápsula gera uma resposta não-linear, então o som não seria alterado? Se a cápsula gera tensões mais elevadas nos graves, então o som não seria alterado? Alterado não é substituído, corrompido, lido errado! Não se trata de erro, e sim de quantidade. Se fosse assim a sua voz não seria a mesma quando você grita ou altera o "tom de voz", certo? Muito diferente. Alterado é potencializado em intervalos da faixa de freqüência do espectro, inclusive a mais difícil de se conseguir bem reproduzida que é a dos graves. 51. A cápsula magnética é uma bobina, portanto tem uma reatância própria. Componentes reativos têm impedância variável com a freqüência, logo alteram a resposta em freqüência. Como a bobina se move em relação ao imã, ou vice-versa, a reatância muda, logo a resposta em freqüência se altera com a amplitude, ou não? Os meus questionamentos não são sobre a percepção de graves maiores no vinil, visto que muitos relatam isso. O questionamento é se esta percepção é devido ao meio ou à sua manipulação e também se ela não é causada por imperfeições na resposta. O que você me diz? Sua citação que eu grifo: "Alteram a resposta em freqüência...". Mas essa resposta é em RMS! Não se trata de inventar freqüência ou desbotar harmônicos! Tudo que não altere a estrutura básica do sinal é bem vindo. Nesse caso, se a quantização no CAD gerasse bons graves, ora, para quem não defende a indescartabilidade do sinal original (Os digitófilos), também seria bom. Só uma única coisa que um CD me dá: Pureza de som, nada mais. Não me dá calor no som, faltam graves em quase todo o espectro sonoro, a voz fica mais dura, metalizada, agudos e médios muito brilhantes e graves lá embaixo. Quem tem um Amplificador de primeira linha como Marantz, Sunfire, Denon, um excelente toca discos como Clear Áudio, Rega Mira, Technics MK-II com uma cápsula MC, vai sempre deixar o CD de lado, não tem solução. Se tiver bom ouvido, vai. Só se não tiver o LP; aí vai CD. 52. Se o sistema tem não-linearidades e variações de resposta em freqüência, os harmônicos não são representados com exatidão. Podem ser especialmente agradáveis, mas não são exatos, certo? Nunca! Você novamente confunde volume (Em watts RMS) com a estrutura do sinal. Já expliquei. Eu posso aumentar a região de graves, isso não significa que mexi na sua identidade, na sua estrutura, na sua impressão digital. É como se eu aumentasse meu dedo polegar cem vezes - isso muda as minhas linhas digitais? Então, a cápsula aumenta o volume, mas não a essência do sinal. Quando você aumenta o volume do seu som você o desnatura? Não! A não ser a DHT - distorção harmônica total, que é inevitável ao aumentar-se qualquer volume de equipamento de som. 53. Você diz que as quantizações mais altas geram mais ruído. Pelo contrário, usando amostragens e quantizações mais altas, haverá menos erro. É como já disse e repito: Toda quantização gera erro e sempre vai gerar, isso é matemático. Efeito pente. Onde você diz que mudará apenas a representação numérica, eu respondo que isso significa perda por erro de amostragem matemática do sinal! Quando você descarta o sinal original e o troca por informações, você vai ter conseqüências disso e é por isso é que a engenharia de áudio digital luta há mais de 20 anos para convencer os melhores ouvidos em cima dos melhores aparelhos, mexendo com bits, aumentando amostragens, mudando de PCM para Direct Stream Digital (DSD) e por aí vai. 54. Pelo que eu entendi de todo o exposto, a maior percepção de graves no disco de vinil é causada por ressonâncias e distorções no sistema de reprodução (Cápsula). Acredito que estes também podem ser a origem de outras qualidades que causem a preferência de muitos pelo vinil, além do problema dos CD's com altas freqüências. Já expliquei que distorção é uma coisa, perda por erro é outra e perda ôhmica é outra!  E não diga que ressonância é qualidade e nem que faça parte do universo toca-discos e vinil: Ressonância de cantilever, de braço ou de headshell é falta de ajuste, portanto é defeito e não qualidade. Ressonâncias tendem a anular faixas do espectro. 55. Acho que temos que comparar os dois sistemas bons ou os dois sistemas ruins. O leitor de CD corrige erros quando há falhas no sistema de leitura ou o CD está ruim. Se houver falha na agulha ou no disco de vinil, isto também prejudicará a reprodução. Se for sujeira, também mudará a cada audição. O que acha? Que isso! O meu exemplo se refere a um CD impecável e um Vinil impecável. E reprodutores HI-FI ou Hi-End em condições impecáveis de audição! Não se está falando de erros acidentais, mas de erros intrísecos! Uma cápsula trilhando um sulco limpo vai dar sempre o mesmo som. Agora não se pode dizer o mesmo de um leitor e seu dispositivo (Buffers de leitura de 40 segundos, atualmente - 2010) que trabalham cem vezes por segundo em função de corrigir os erros de bloco. (De leitura). A BLER - Block error rate ou taxa de erros de bloco ou setores já demonstra que o sistema faz o som "na hora", de acordo com os erros não lidos e interpolados. Claro, que um CD recente, limpo e um excelente toca-CD, praticamente não terão erros para corrigir (Teoricamente). Mas com o tempo... A aluminium layer reflective... A dye... A corrosão por oxidação... Mesmo os CD's de reflective layer de ouro de 24 kilates, que também oxidam... Mas a leitora, esta pode não durar tanto. E quando ela começa a deteriorar, "tome" sampling error... Claro, agulha de toca-discos também fica gasta, mas... Veja a diferença de controle humano sobre os dois dispositivos. Eu posso determinar 200 horas para uma agulha (A validade é de 500, para agulhas de diamante). Margem excelente, tocando vinis virgens. E a leitora? Como você vai saber se ela está perto do error rate limit? (Limite da taxa de erro, que pelo Redbook da Philips é de 200?). Aí você ouve imperfeição, mesmo que isso seja inaudível. Mas o problema é saber que você está ouvindo sampling e não dado ímpar, exclusivo, dado real proveniente da amostragem do som real: É dado clonado. Só para amarrar a discussão: o CD pretende uma fidelidade de aparência; o vinil é fidelidade de essência. 56. Você disse que o amplificador prefere trabalhar com sinais menores para demonstrar suas qualidades. Nunca ouvi falar neste conceito, nem imagino por que seria assim. Quanto menor o sinal de entrada, mais etapas de amplificação são necessárias. Como isto aumentaria a qualidade? Pois é, nem sempre a gente sabe o quanto pensa que sabe. Você é novo e não é da época de ouro dos amplificadores e receivers modulares aqui no Brasil, que ocorreu entre os anos 70 e 80. Também não tem formação técnica em eletrônica, como eu tenho. Então não aprendeu essa preciosa lição, tão elementar. Simples: Quanto mais você incrementa um sistema de indução (Lei de Faraday-Neumann-Lenz, que é o princípio da indução, mais você o torna crítico. Crítico significa perda por histerese, por exemplo. Se fosse assim, como você diz, todas as cápsulas entregariam sinal alto e isso não é assim porque é sabido que há perdas importantes quanto mais o sistema é capaz de entregar sinal forte em RMS. Veja as cápsulas moving coil. Há sinais de 0,23 mv. A construção de uma cápsula deve chegar a um ponto ótimo, nem mais, nem menos. Quando não existia o digital, era essa a busca do analógico. A perfeição de um amplificador residia (E reside, isso não mudou) na amplificação do sinal com o mínimo de distorção possível. Isso era o que os engenheiros da época perseguiam e o que continua sendo perseguido até hoje. Se você entrega um sinal já amplificado ou aumentado, também o entrega distorcido. Quanto maior for a amplificação, maior será a distorção. E aí, entregue desse jeito, comprometerá os méritos do amplificador que é feito justamente de circuitos complexos que se complentam nessa tarefa que é a de elevar o sinal com a máxima fidelidade possível. 57. Quando você fala em limitação do 0 e 1, o que quer dizer? Refiro-me ao sistema binário que é a base do digital, o chaveamento sim ou não. É uma espécie de paradigma. Nisso há uma limitação inerente ao digital, que é a perda na quantização, pelo respectivo erro. Exemplo: 1,33 mv analógicos são iguais a 1 milivolt, pois o valor quebrado 1,33 é codificado como zero e na composição do byte isto será igual a 1 (Um) milivolt no momento da conversão. Somente acima de 1,50 - 1,51 mv, por exemplo, é que é lido como 1. Abaixo, sempre zero. Obviamente, isso gerará uma senóide semelhante, mas nunca igual. E isso, como já falei, tem as conseqüências que já mencionei.   58. Esteticamente, o que você quer dizer por principio de integridade da arte? (O que, diga-se de passagem, é p'ra lá de subjetivo). Não é subjetivismo: Isso é princípio em curso superior de Educação Artística, um dos princípios mais primordiais, o princípio da não-intervenção na obra de arte pelo restaurador. Em qualquer escola de restauração você terá essa informação. E o que é a reconversão do DAC (Digital analogical converter) senão uma restauração do sinal original? O que eu defendo é a integridade da obra de arte e o sinal de áudio é também uma obra de arte. Ele pode ser aperfeiçoado, mas jamais substituído. O produtor é um artista em co-autoria com os artistas (Cantores e músicos), pois age com a sua autorização e é o materializador estático da obra de arte, mas só nas etapas de aperfeiçoamento, registro, pois quem dá vida ao sinal (Materialização dinâmica) é o microfone e os circuitos. E é esse sinal é que é a obra de arte, ainda a finalizar, na qual o produtor põe a mão. O Produtor  e engenheiro de áudio Gunter Pauler e seus clientes (Audiófilos) entendem isso e gravaram vinis também dessa forma. Há ainda os LP's chamados de "Direct Cut" (Cortados e não prensados). Praticamente, o consumidor fica com o master nas mãos em PVC ou vinil (Pois hoje há a master de cobre pirofosfato) e tem um LP cortado e não prensado, o que é muito melhor, embora seja ultra-artesanal não compensando para nenhuma fábrica. O que eles passam a ter nas mãos é o sinal de áudio como que congelado numa matéria. Mas ótimo que a minha posição diante do sinal elétrico sonoro como obra de arte seja inédita. O propósito de vinilnaveia não é confrontar opções tecnológicas, isso está nos itens 27 e 28. O propósito do que escrevo no meu blog vinilnaveia não é confrontar opções tecnológicas, mas, além de outras coisas, de lutar pela preservação da arte musical, chamando a atenção das pessoas que a música é tão arte quanto uma escultura, uma pintura ou outra manifestação artistica a ser intangida e respeitada). (No seu exemplo em que Elis Regina canta a música de Chico ou vice e versa e que isso não muda nada, você está desfocando o mérito, que não é esse). Elis, o que ela canta e gera eletricidade que é o objeto de arte. Cai no mesmo princípio meu. Não se deve ter censura a pensamento em fórum nenhum, senão vira partido político. Quem achar absurdo, comente, mas respeite. 59. O DVD é um CD? Pela nomenclatura formal da indústria, não, mas cientificamente sim. Ora, tudo cientificamente é disco de leitura a laser! É ou não é? Isso seu é puro formalismo que nada ensina, só repete. O DVD-A também é um CD, apenas multicamada enquanto o CD-A é camada única. Na realidade são um monte de siglas pra enrrolar o consumidor - Digita Vídeo Disc, que depois virou Digital Versatile Disc por questões de "ética comercial", mas todas essas bugigangas são discos compactos a laser (CD’s), com muitas camadas ou única camada. E o tal do Blue-Ray só difere, em termos de camadas, na distância entre os pits (Furinhos). O SACD é CD também, é apenas SUPER-ÁUDIO CD. CD é Compact disc ou disco compacto. O DVD é um disco vídeo digital e é compacto (Sinônimo de pequeno). Mesma coisa; só que multicamada e com canhão de gravação e leitura diferente do irmão mais velho. Dê lá uma estudada na estrutura do DVD. O Redbook Phillips foi criado quando nem se previa DVD-A e SACD. Então é natural que só fale em CD: Com lógica científica, perceberemos que a estrutura do invento é a mesma para todos. Conservadores não fazem ciência e nem descobrem nada: Repetem tudo. Para pensar, é preciso libertar-se de formalismos engessadores do raciocínio criativo, crítico e analítico. Discos digitais de áudio com leitura ótica são todos a mesma coisa, uma camadinha aqui, mais uma ali e só. O princípio é o mesmo: Onde reflete laser e onde não reflete.  Qualquer um que queira saber sobre o Redbook basta entrar no site da Philips. E para quem estiver interessado, eu tenho o histórico de todos os métodos de gravação e prensagem de discos compactos digitais a laser até a presente data. (Em inglês). Porém, há quem prefira lidar com os códigos postos, formais. Se você age assim, tranca sua capacidade analítica e crítica das coisas. Eu prefiro a verdade científica, que está acima. Eu questiono o que entendo deva ser questionado, com lógica científica. (E lógica necessariamente não são cálculos, nem equações - são princípios). A indústria não tem interesse em gerar atitude crítico-científica nas pessoas: Seu interesse é puramente comercial. Tanto que mudaram o nome "Digital Vídeo Disc" para "Digital Versatile Disc". Uma bobagem, mas foi para não competir com o próprio CD e preparar terreno pro DVD-A (Estratégia de mercado). Isso é trabalho cuja fonte posso indicar. Verdade formal e verdade científica. A primeira é mera informação, quase sempre é mudada com o decorrer dos interesses; a segunda é raciocínio lógico puro, que leva à melhoria da tecnologia. 60. Mas eu prefiro lidar com a tecnologia digital para gravações hoje em dia, pois sei o que era lidar com azimuths diferentes, cross talk e outros problemas das fitas magnéticas e gravadores. Preferência não se discute; mas receio que você esteja desatualizado. E sem informação, fazemos escolhas erradas. Veja que nos Cassette Decks deste século o azimute é regulado eletrônica e automaticamente a buscar sempre o melhor ajuste. Na fita de dióxido de ferro o grão foi alterado quimicamente, equiparando-se às famosas dióxido de cromo. Sabe o que acontece? O indivíduo que esqueceu que o analógico existe e lá fora é pungente. O pessoal desinformado do Brasil está com mais de 20 anos de atraso nessas questões. Procure, por exemplo, o Decks Technics (Ex.: O RS AZ7) e leia as especificações. No mais, são conceitos de trabalho e resultado diferentes que cada um busca na vida. Sobre os Decks da Technics que menciono, visite e confira. http://www.dooyoo.co.uk/cassette-deck/technics-rs-az7
CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ALBERTO - Fonte: Orkut. Forum sobre vinil.
Na teoria, o Vinil tem largura de faixa infinita, por ser analógico, na prática, um vinil novo, bem prensado, tem largura de aproximadamente 100 Khz.Já o CD, tem uma "taxa de amostragem" de 44100 Hz, o que dá uma largura de faixa aproximada de 22.05 Khz segundo o teorema de Niquist. Os críticos do CD argumentam que com uma amostragem de aproximadamente 44 Khz, um som analógico, senoidal de 8 Khz, terá apenas 5 ou 6 amostragens, tornando-o uma escada de sinais "quadrados". Outro problema do CD é a quantidade de níveis em amplitude, pois usa tecnologia de 16 bits, o que dá 65536 níveis em amplitude. Para corrigir isso, existem hoje duas novas tecnologias digitais, o DVD-Audio e o SACD (Super Audio CD).O DVD-Audio tem amostragem de até 192 Khz (96 Khz de largura de banda) por 24 bits em amplitude (16777216 niveis em amplitude).O SACD é da Sony e trabalha com conversores Digitais Analógicos diferenciais, que usam tecnologia de 1 bit por frequências de amostragem de 1,98 Mhz.Ambas as tecnologias se propõe a dar a mesma qualidade do Vinil. Para ouvir bem um Vinil você tem que dispor dos seguintes recursos:- Um VINIL de boa procedência e bem conservado.- Um toca discos Hi-Fi (Muitos consideram os Direct Drive com controle estroboscópico os melhores).- Uma cápsula de diamante de boa procedência.- Um amplificador ou receiver com boa resposta em frequência.- Caixas acústicas também com boa resposta em frequência. (arego) Veja que todos esses items dão margem a discussão, o assunto é extremamente extenso. Se você quiser continuar a conversar a respeito, me envie uma mensagem e eu volto a este tópico. Tenho estudado o assunto e feito comparações, muitos são os fatores envolvidos, como ruído, qualidade da gravação, qualidade da masterização em CD, e outros. No geral, em igualdade de condições, a qualidade do LP é superior.    * Niterói, 16 de fevereiro de 2007.   E-mail: joaquim777@gmail.com  
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Contestando o Mestre Holbein Menezes LP versus CD.  
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Holbein Menezes falou, no Audiopt.Net:
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Aliás, seria mais próprio intitular este texto de CD versus LP. Porque o “rei” atual é o CD, que desbancou o LP faz algumas décadas mas o não matou de morte matada; deixou-o agonizante. E eis que o LP, tinhoso ou manhoso tal o nosso Rio Jaguaribe no cantar de Demócrito Rocha (“... morrendo e resistindo... resistindo e morrendo...”), o LP toma fôlego e ameaça voltar. Mas não acredito que volte a ser de novo o “rei”, nem sequer o herdeiro do trono. E há muitas razões para isso. Antes de tudo destaco a praticidade. (O ser humano moderno está acomodando-se. Seu confortável carro pessoal para andar nas cidades, o transporte aéreo fácil para vencer longas distâncias, o abundante e invasivo uso do telefone celular... em qualquer lugar, até nos WC, e, acima de tudo, o Mundo na palma da mão via Internet estão a nos tornar entes ensimesmados.) Acresça-se que o long playing em seu tempo foi um objeto caprichoso. Porquanto requeria espaço para ser estocado, espaço que as casas de antanho dispunham mas os “apertamentos” de hoje, não. Demandava, além disso, cuidados especiais para não contrair arranhões que prejudicavam grandemente sua boa performance. E para ser tocado carecia de estilete de diamante - também conhecido como agulha de vitrola - mas, da mesma forma como o cordeador que faz a corda com a qual será enforcado o estilete de diamante lê o disco mas arruína os sutis sinais de áudio gravados em relevos ínfimos nos sulcos dos longa duração. É verdade que nesses sulcos dos LP eram gravados, ou podiam ser, sinais de áudio de ampla faixa de frequência – propagadas como de entre 20 a 20 mil Hertz – mas, na prática, após umas poucas leituras os sutis relevos de sinais acima de 12 mil Hertz eram “raspados” pelo estilete de diamante; pudera, o stylus era muito mais rijo e denso do que o pobre vinil. Propaganda enganosa, portanto! O CD nasceu por motivo da produção automática em série. Um stamper ou matriz é posto na máquina de fabricar cedê na qual há um depósito com estoque de policarbonato; em movimentos automáticos a máquina molda o policarbonato no formato do CD e estampa-o com as ranhuras da matriz, após o que submete o disco estampado a controle de qualidade: de forma automática a máquina de muitos braços rejeita os com defeito e armazena em pilha os discos considerados sem defeito. Tudo isso em alta velocidade; e em nenhum momento entra a mão humana. Robótica pura. Ora, tal automatização e autonomia versus a vagarosa mecânica manual da feitura do long playing, que é obrigado a passar por quatro estágios antes de se tornar stamper: 1) “Lacquer” original (positivo); 2) “Metal master” (negativo); 3) “Metal mother” (positivo); 4) “Metal stamper” (negativo). E em cada estágio lá está a falha mão humana para complicar as coisas... Em resumo, o CD é pequeno, prático, não quebrável, não tem sulcos para acumular poeira, e arranhões nele não geram sinais espúrios; reproduz apenas de 50 a 12 mil Hertz. O LP, ao contrário, é grande, por isso empena fácil, arranha fácil, e acumula poeira fácil; os arranhões geram desconfortáveis zumbidos (ploqueploques). Embora dotado da capacidade para reproduzir frequências de 20 até 20 mil Hertz, na prática isso significa pouca coisa uma vez que são raras as peças musicais cujos tons e seus principais harmônicos descem abaixo dos 50 Hertz ou vão além dos 12 mil Hertz. Já devem ter notado que não sou fã do velho LP, e não por ser “velho” por isso que velho sou eu também com meus 87 anos dos quais gastei no mínimo 20 com tentativas vãs de tentar tornar o vinil “palatável”. Ora, se o velho “rei” LP morreu, viva o novo “rei”, o portátil CD!
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Resposta de Joaquim:
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Eu e meu amigo Holbein costumamos trocar idéias pelo telefone, pois moramos no mesmo país e isso facilita, embora exista telefone via net... Sabemos que gostamos de coisas opostas, mas mesmo assim mantemos o afeto e a grande amizade que desenvolvemos. E isso não impede que discordemos ao telefone, mas sempre de maneira breve, pois ele ama tanto o digital, quanto eu amo o analógico, e isso é coisa que não tem jeito até porque já é a solução: O amor faz tudo brilhar e colorir-se! Mas aqui peço liçença ao mestre amigo para postarmos, tal qual numa sala de audiências, como um advogado ex-adverso, no caso, defendendo o meu cliente, "O Vinil", que merece a minha defesa diante do "imenso libelo acusatório" (Risos) postado no início. Contestarei apenas alguns pontos hoje: (Entre aspas, as colocações do mestre-amigo): 1. "O CD desbancou o LP": Quem desbancou foi o marketing agressivo da indústria que fez "mil" promessas falsas sobre o CD. A pior delas foi a durabilidade: Descobriu-se em 2001 que existe um fungo que "come" o policarbonato dos CD's. O Nome desse fungo é o Geotrichum. Essa é a sua família. Logo, copiem, copiem e copiem, pois não se sabe quem de Vossos CD's o caro Geotrichum vai atacar. No mei blog http://vinilnaveia.blogspot.com No item 46, eu coloco o link dessa pesquisa e descoberta e mais algumas observações. 2. A outra mentira da indústria foi a de que o CD traria "Fidelidade" de sons. Nada traz fidelidade de som, concordo com Holbein. Mas o Vinil traz fidelidade de SINAL, acrescido ou não de agradáveis colorações (A depender de que lado você está). 3. O CD traz uma pureza de som, mas quem disse que esse som não traz distorções? Claro, a primeira delas é a pobreza das altas freqüências e um grave ruim, feio, ao meu ponto de vista. Um grave "Dum" e não "Boom", como o do Vinil. Posso inclusive afirmar que, como a resposta de uma cápsula não é linear como a de uma leitora, certamente isso é que causa um grave tão bonito e redondo, sem querer entrar no mérito se ele é réplica fiel do evento original. Eu não estou no evento original: Estou na minha casa e o que me agrada aos ouvidos é o que importa. 4. "Praticidade": Ouvimos com os ouvidos, e não com as mãos. E nem todo mundo gosta dessa "rapidez", dessa "correria", dessa falta de ritual. O mundo já está andando na contramão dessas praticidades e mentiras eletrônicas, haja vista agensas e listas telefônicas perdidas por falhas de celulares, computadores... O mundo já foi e está voltando ao ponto de equilíbrio: Meio eletrônico, meio manual. É o ponto perfeito. 5. "Robótica": Quem disse que algum robô um dia funcionará melhor do que as mão de um ser humano? O cérebro humano não tem limites, simplesmente, pois quem o criou é perfeito (Deus). E quem criou o robô? O Homem. Então? O criador sempre será melhor que sua criatura. Objetivamente: Luthiers fazem violinos, Pianos, Celos... Qual robô o faria melhor? As mãos humanas sempre serão a melhor indústria de qualquer coisa, no sentido do comando da operação. Não é porque os Vinis são preparados em suas matrizes manualmente, com amor e paixão, que necessariamente terão que conter erros. Podem ter. Os Robôs também erram, quando não descartam um CD com fungo de fábrica. Fato. 6."Espaço para ser estocado": Quem disse que todo mundo prefere apartamentos ou "apertamentos" como o mestre falou? Há muita gente que prefere uma boa casa (Eu) e os apartamentos não são maioria no mundo, assim como as grandes cidades não superam os municípios de interior. 7."Cuidados especiais no LP": CD também precisa de cuidados. Ponha um CD ao sol. Deixe-o empenar. E veja se ele entra na bandeja do toca-CD. Já um vinil, levemente empenado, toca. Alías, até quebrado! CD's devem ser guardados longe da umidade, pois uma vez fungado, a "hifa" (raiz do fungo) inexoravelmente irá furar a Refletive layer (camada refletiva), isto sem falar no lento e inevitável processo de oxidação do CD - Coisa que não acontece no LP - Pois o policarbonato é molecularmente poroso e ao cabo de 20, 30 anos ou mais, seu CD não tocará mais. Isso é que foi uma bruta propaganda enganosa, mestre. Dizer que um CD duraria 100 anos. Só se fosse na Lua ou no espaço sideral, sem oxigênio e protegido das radiações solares. 8."O estilete de diamante lê o disco mas arruína os sutis sinais de áudio gravados em relevos ínfimos nos sulcos dos longa duração (LP)". Não é verdade atualmente. Meu caro amigo traz experiências de 50 anos atrás... Quando teve contato com o LP. O LP de hoje não é o LP de ontem. Nem sua fabricação, que hoje é via DMM, matriz de cobre Pirofosfato. Para combater bem o LP, o mestre deveria continuar a estudar a fabricação de LP's que nunca parou no primeiro mundo. Eu, para contestar afirmações sobre CD, estudo biologia, eletrônica digital e pesquiso. Sugiro ao mestre entrar no site da Pauler Acoustics, Alemão, e quiçá trocar umas figurinhas em Inglês ou alemão com o Mestre artesão de Vinis, o Sr. Gunter Pauler. 9."E em cada estágio lá está a falha mão humana para complicar as coisas" : Que isso, amigo mestre! Senão não teríamos belíssimos e sonoros Stradivarius (Violinos feitos por Luthiers). 10. "Em resumo, o CD é pequeno, prático, não quebrável, não tem sulcos para acumular poeira, e arranhões nele não geram sinais espúrios; reproduz apenas de 50 a 12 mil Hertz. O LP, ao contrário, é grande, por isso empena fácil, arranha fácil, e acumula poeira fácil; os arranhões geram desconfortáveis zumbidos (ploqueploques). Embora dotado da capacidade para reproduzir frequências de 20 até 20 mil Hertz, na prática isso significa pouca coisa uma vez que são raras as peças musicais cujos tons e seus principais harmônicos descem abaixo dos 50 Hertz ou vão além dos 12 mil Hertz". Respondo: É quebrável tanto quanto o LP: Pior: É oxidável e o LP não. É destruido por fungo e o LP não, absolutamente não. CD arranha sim, e dependendo da quantidade de arranhões (Se superiores a 200 Bler ou block errors ou 200 setores errados) ele não toca. E pior: Se único arranhão for NO ÍNDICE DO CD, ele pode estar brilhando, mas NÃO TOCA! Isso porque um CD, para entrar em ação, precisa ter seu índice antes lido e ele localiza-se logo no início, próximo ao furo central, já que ele toca do centro para a periferia, ao contrário dos Vinis. Quanto à desconfortáveis zumbidos e ploqueploques, isso não é verdade! Já comprei LP's com 30 anos parados, 30 anos de sujeira e lavados, tocaram igual novos. A dona morreu aos 45 anos e os netos não cuidavam. Só isso. E tenho LP aqui que toca com a pureza de som de um CD - Mas com a gostosa "coloração" do analógico! "Poeira?" Simples: Lave o LP. Meu método está em http://limpezadevinis.blogspot.com Agora não lave seu CD! Fungo adora água. (Retire o fungo só com algodão). "Raras as peças musicais cujos tons e seus principais harmônicos descem abaixo dos 50 Hertz ou vão além dos 12 mil Hertz": Bom amigo, eu escuto REGGAE e os graves descem muuuitoo abaixo disso. E outras músicas onde o baixo eletrônico "abaixa" mesmo! Conclusão: Democracia, é o que é a volta do LP ao Brasil, principalmente, porque no exterior ele nunca se foi completamente. A diversividade deve ser respeitada. Não à ditadura do automático da "praticidade" que nem é querida por todos. Sim à audibilidade, pois ela dá prazer sim. Há que prefira por a praticidade em primeiro lugar. Eu ponho a audibilidade, pois não escuto com as mãos e sim com o ouvido. E finalmente, LP e CD são produtos para diferentes consumidores. O LP tem o apelo da plástica, da beleza, das cores dos picture discs, DA FOTOGRAFIA, dos textos (Legíveis) e da arte. O CD, tem os apelos que todos já sabem: Gosto por apertar botões. Bom, mas não esqueçam que o vinil também pode ter controle remoto - A famosa Laser Turntable da ELP Corporation. Bom, tá bom, né, amigo? Abraços, Joaquim. (Em 27 de Setembro de 2009). E-mail: joaquim777@gmail.com ************************************************ DIVERSIVIDADE E CONSCIÊNCIA * ******************************************Percebo, pelas postagens que já li até agora em determinados fori (Locais de bate-papo na web, plural de forum), que algumas demonstram uma dificuldade enorme de conviver com a diversidade cultural. A diversidade cultural também se manifesta nos produtos que compramos e na forma como queremos lidar com eles. Quando leio "A humanidade caminha para a produção de bens mais fáceis de utilizar", algo assim, não exatamente com essas palavras, "gelo"(!), e percebo que há um equívoco quando se tenta colocar todas as pessoas em um espaço comum, num lugar comum ou como se diz na boca do povo: Numa vala comum. Como se esta fosse a realidade indiscutível. Quem lê sociologia, sabe o que é consumo de massas. Há dois blocos grandes no mundo: As pessoas que têm consciência do seu consumo e do máximo que deles podem retirar, juntamente com seu nível mental e as pessoas que não tem essa consciência e que são facilmente manipuláveis pelo status quo, pelo estabilishment, que no caso aqui, são os interesses econômicos, leia-se, indústria. Resumindo: Os materialistas e os idealistas. É óbvio que a grande massa de seres humanos do planeta é facilmente manipulável. Mas resta uma grande e boa parte, certamente hoje ainda muito invisível mas que já reage a esta manipulação. Contudo, é real, que a maior parte “segue o caminho dos bois": O pasto, e, depois, o matadouro. A diversidade é sadia. A não-discriminação também é sadia. O meu papel aqui, hoje, novembro de 2009, neste espaço, é apenas discutir com quem quer, as diferenças técnicas (CD e LP) sob uma ótica bastante rigorosa e científica, de duas mídias polêmicas e isto se faz necessário até hoje em face da manipulação e propaganda e publicidade escancaradamente enganosa que a mídia industrial fez econtinua fazendo (Também com a imagem pastel), a bem de seus lucros, pelo que foi chamado de "evolução digital". Muita coisa simplesmente não é dita: Vendem-se as penas do pavão, e não a sola de seus pés. Acontece que, ninguém aqui, muito menos eu, é desfavorável às empreitadas do "progresso" e do progresso sem aspas (Este real). O “Progresso” é um “senhor” nem sempre bem-sucedido em todas as suas empreitadas nas diversas áreas da humanidade. Muita coisa inventada e anunciada a quatro ventos não pegou. O que defendo radicalmente isso vou até o fim é a democracia aliada a uma escolha consciente, e, livre de propagandas inescrupulosas e manipuladoras dirigidas a pessoas menos avisadas e com uma formação humana e cultural a desejar, infelizmente, não por suas culpas.em parte. Afinal, homem é misto de produto do meio e de sua coragem de se parir, de renascer como pessoa. Não vim aqui com um discurso subliminar de propor uma revolução midiática. Nem tento "fazer a cabeça" de ninguém. Apenas sou um ser humano que luta pela democracia em todos os seus estágios e manifestações. E pela consciência. E não adianta dizerem que sou um ingênuo de 50 anos de idade, porque isto será um elogio. Sou do gupo dos idealistas – Graças a Deus – e não dos materialistas ligados à corrente sociológica do utilitarismo. Não pretendo e nunca pretendi, nestes cinco, anos que o disco de áudio-vinil voltasse a ser o “preferido” mundial. Apenas o defendi ferrenhamente da mentira que o retirou do mercado em 1990, inclusive com propagandas flagrantemente enganosas como a já clássica do “CD na boca do cachorro” e sob produções dividosas. E sob um contexto inflacionário (No Brasil) desfavorável e no mundo, desfavorável a ele tecnicamente, como as Lathes Cutter Neumman VMS de 70 watts por canal e limitações de inserção de freqüências em sulcos (As cortadoras de matrizes de vinil hoje tem 650 watts por canal - Ex.: Lathe VMS 80). E faço isso até hoje com muito orgulho. O que pretendo é que cada um tenha liberdade de escolher aquilo que quer ouvir ou ter em casa, sem perseguições ou patrulhas ideológicas até inconscientes, dada a lavagem cerebral feita pela mídia comercial e industrial, sem discriminações de ser anacrônico, saudosista e anti-prático ou metódico. Estes os paradigmas inculcados por propagandas milionárias ao longo de vinte anos na cabeça das pessoas indefesas com menos poder de reflexão. Pretendo sim, a democratização do áudio, que cada um escute o que quer escutar sem ter que ouvir que a humanidade necessariamente deva caminhar para este ou para aquele lugar, como fôssemos bois [digitais]. Não: Somos livres para escolher sem ter que ter como um referencial algo como "seja mais prático", "tenha menos trabalho", "descanse mais", "economize espaço"... Ora! isso é um problema de cada um: E detalhe: O que parece ser trabalho para um certamente será prazer para o outro. Eu, por exemplo, jamais disputaria uma medalha de ouro em um volei de praia ou disputaria um rali no deserto, como o Paris-Dakar ou o Rali do Sertão no Nordeste Brasileiro. Mas respeito quem gosta de tal e nem digo que os esportes “caminham” para se tomar menos sol ou comer menos poeira, ou o inverso. Não digo: Sinto e vejo como se organiza a cada momento o caleidoscópio social. A cada volta do mundo, uma imagem, várias escolhas livres. Não é verdade que humanidade caminha para isto ou aquilo: Só com tempo saberemos. Até percebo que a humanidade está procurando a nostalgia, alguma beleza perdida nestes tempos sem ideais, sem romantismo, sem ingenuidade, com tantas facilidades gratuitas e fúteis. Percebo que parte da humanidade está de “saco cheio” de tanto automatismo; a exemplo tanto justificativa aerodinâmica inventada para cada vez jogar pessoas como bólidos no espaço a espatifar-se nos seus momentos incautos, no primeiro poste ou mureta de uma estrada. Isso tornou os carros pobres em detalhes por fora e ricos de "frescuras" desnecessárias por dentro. Ninguém sabe o caminho da humanidade... Para onde ela quer ir, mesmo com os desejos dos interesses das altas corporações econômicas transnacionais. A regra parece ser a "goela abaixo": “Toma que é bom, tá aprovado”. É apenas isso que quero dizer: Liberdade para escolher sem um paradigma na frente tal qual a "ordem" de um antolho na cara de um quadrúpede serviçal, posto tal qual um guia (Ou um algoz da liberdade?) que mostra sempre com uma placa para onde deveremos seguir. Que deixemos uns aos outros em paz nas suas escolhas e prazeres livres de discriminações gravadas pela lavagem cerebral da indústria trilionária e fria. Não somos, nós, seres humanos, uma mercadoria da indústria. Podem ter certeza disso. Joaquim Cutrim.  * E-mail: joaquim777@gmail.com